Comércio volta a trabalhar normalmente após restrições

Com a definição da Bandeira Laranja e novo decreto, publicado no dia 22 de agosto, o comércio foi autorizado a voltar a trabalhar normalmente, após as restrições impostas para o seu funcionamento durante o período em que a região a qual o município faz parte estava em Bandeira Vermelha.

A reportagem do jornal Correio do Pampa conversou com algumas comerciantes sobre a situação do comércio diante da pandemia e como foram os dias em que houve restrições de funcionamento.

Samia Abdallah, proprietária da Glamour, destacou que está complicado para manter o funcionamento. “Os clientes sumiram, as lojas estão vazias. E com as mudanças de horário, os clientes e os comerciantes estão perdidos. Eu tenho a loja há 5 anos e a pandemia me atrapalhou 2 anos, voltamos 2 anos para trás, atrasei tudo”, contou.

Apesar da situação complicada, Samia disse que tem como prioridade manter seus funcionários: “tenho 5 funcionários e não quero prejudicar eles, estão em primeiro lugar”.

Uma questão levantada pela empresária é que gostaria que os santanenses ajudassem o comércio, comprando em Livramento. A proprietária da Glamour disse que mesmo assim é otimista, e está sempre em busca de vender, oferecendo seus produtos, fazendo descontos e adotando alternativas de vendas.

A gerente da Grazziotin, Lidiane Moraes de Castro, comentou que já se acostumaram a lidar com a pandemia, “não colocamos ela mais como empecilho, pois ainda teremos que conviver por não sabemos quanto tempo com ela”.

Quanto às restrições, ela disse que por não fecharem ao meio dia facilita, pois a maioria do comércio fecha, mas que as vendas estão muito fracas. “Está difícil de manter os compromissos fixos em virtude de ter caído muito a venda. A expectativa é que venham dias melhores”, afirmou.

A loja mantém seus seis funcionários e adotou as vendas online como alternativa.

Lícia Lima, da Lima Modas, afirmou que a pandemia é uma situação inusitada para todos, uma situação sem precedentes. “Os horários reduzidos por vezes provocam efeito contrário, aumenta o movimento em determinado período, o que gera aglomeração, que é justamente o que não se pode vivenciar neste momento”, relatou.

De acordo com ela, a loja disponibiliza vendas via redes sociais e WhatsApp e no período de fechamento trabalhou ainda mais com a entrega, oferecendo entrega gratuita para atrair e não onerar as clientes.

“As vendas neste momento caíram em relação a anos anteriores sem dúvida. Conseguimos manter nossos compromissos em dia, mas com negociação de valores de alguns custos fixos como aluguel. São 4 funcionários na loja, se mantiveram todos os empregos, com auxílio do programa de redução de carga horária do governo”, contou Lícia.

Apesar da situação, ela contou que se mantém uma perspectiva otimista, que acreditam que assim que tiver solução para o vírus, as atividades irão sendo retomadas, inclusive a econômica, porém lentamente.