Celso Silva Gonçalves é reeleito diretor do IFSul campus Sant’Ana do Livramento
Neste mês, foram realizadas no Instituto Federal Sul-riograndense – IFSul as eleições para o período de 2021-2025. Em meio à pandemia, o processo eleitoral foi realizado com debates e votações virtuais. A apuração dos votos contou com transmissão ao vivo e Flávio Nunes foi reeleito para a reitoria, enquanto ainda foram definidos os diretores dos campus, sendo que Celso Silva Gonçalves foi reeleito para a direção-geral em Sant’Ana do Livramento. Somente no campus Pelotas Visconde da Graça será realizado o segundo turno.
O diretor Celso Silva Gonçalves foi reeleito com 51% dos votos (111), na proporção dos eleitores aptos a votar, enquanto na proporção dos eleitores que compareceram nas urnas, o candidato atingiu 84% dos votos.
Em entrevista ao jornal Correio do Pampa, o diretor reeleito contou que o resultado traz uma sensação de satisfação em torno do trabalho realizado. “É uma sensação de dever cumprido, de que nós construímos algo que ajudou a desenvolver o campus Sant’Ana do Livramento e isso foi evidenciado pela comunidade acadêmica através do voto”, afirmou.
Celso relatou que nos quatro anos de trabalho o campus amadureceu, pessoas chegaram e saíram e, mesmo assim foi possível manter a visão da comunidade de que tinha uma equipe no Instituto colocando em prática sua proposta de trabalho de forma muito clara, com objetividade e tendo resultados.
“Outra sensação é o grau de responsabilidade que temos em cima disso, porque são mais quatro anos e em quatro anos muita coisa acontece. Nos últimos quatro anos várias coisas abalaram o ensino no Brasil, contingenciamento, pandemia, tivemos que nos reinventar, e a gente sabe que o ensino é assim, que a dinâmica do país é assim em relação ao ensino, principalmente em governos que não apoiam tanto o processo de construção de instituições de ensino no país. Sabemos que tem altos e baixos, mas mesmo nesses altos e baixos precisamos permanecer ofertando ensino gratuito de qualidade”, destacou.
O diretor ressaltou ainda que o grau de responsabilidade é muito grande porque o ensino envolve o sonho, a vida e o desenvolvimento social, sendo que tudo isso está atrelado ao trabalho desenvolvido pela equipe. “Então a gente precisa que essa engrenagem funcione para que as pessoas almejem entrar no IFSul e entrem, permaneçam em êxito e entrem no mundo do trabalho”, disse.
Celso contou que é professor de ensino básico, técnico e tecnológico desde 2006, sendo que em 2008 foram criados os Institutos Federais, então está desde a formação deles, tendo auxiliado na formação dos campus, trabalhando em Brasília, e participa desde o início da constru0ção da rede Federal de ensino básico, técnico e tecnológico. Além disso, ele ainda foi professor durante 10 anos no campus de São Vicente, onde também teve a experiência de cinco anos de gestão no local.
Ele disse acreditar que o trabalho de construção de um perfil para gestão dentro de uma Instituição de Ensino é desenvolvido ao longo do tempo, sendo que ao longo de sua trajetória participou de diretórios acadêmicos, movimentos estudantis e desenvolveu outras atividades que o auxiliaram a construir este perfil. “Ao chegar em Sant’Ana do Livramento veio a possibilidade da direção e, em todo o momento, desde o início, a minha vontade sempre foi de dar sempre o meu melhor, trabalhar muito, escutar muito as pessoas, representar bem a instituição. O balanço é que a gente vem em uma crescente de ver o nome do IFSul sendo cada vez mais elevado na nossa comunidade, em Sant’Ana do Livramento e Rivera. E parte da elevação desse nome é essa coordenação de direção, mas isso é uma parte”, ressaltou.
Entre as ações desenvolvidas pela gestão está o SIEPE (Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão), e Celso destaca ter sido sempre um diretor que criou as possibilidades das pessoas.
Durante a campanha, ele que foi candidato único, contou que foram salientados os pontos positivos da última gestão, dizendo que muito foi feito, mas que é possível fazer mais. Também foi ressaltado o grupo de profissionais do ensino do IFSul que teve muito mais vitórias e acertos ao longo dos quatro anos, do que derrotas. “Nós somos um campus binacional e o fato de ser binacional é uma grande fortaleza, porque somos diferentes dos outros campus do Brasil, mas ao mesmo tempo temos muitos entraves burocráticos internacionais, porque é uma relação entre os dois países”, ponderou.
O diretor reeleito afirmou contar com uma proposta clara de projeto de desenvolvimento do campus, considerando que desenvolvimento abrange vários aspectos, diferente de crescimento, que é unilateral, sendo que ele entende que o desenvolvimento do campus acontece na parte física, pedagógica e gestão de pessoas visando que as pessoas se sintam felizes trabalhando no campus. E assim, ao longo do período, o IFSul Sant’Ana do Livramento está dobrando a sua capacidade física (obra que deve ser finalizada no próximo mês), captou o dobro do orçamento em recurso externo, recebeu doações em equipamentos, nos últimos dois anos foram comprados três laboratórios de informática, foram feitos diversos investimentos no campus, aumentou a oferta de cursos e criou atividades pedagógicas não presenciais.
Entre as principais propostas está o desenvolvimento do ensino binacional, tendo em vista o ensino na fronteira, que conta com alunos brasileiros e uruguaios, relatado por ele como um dos desafios. Ele ressalta ainda a necessidade de evolução quanto à pesquisa, extensão e ensino binacional.
“Quando eu falo em pesquisa, falo também em inovação tecnológica. Nós temos o nosso polo tecnológico binacional, que vai se instalar em Rivera, e nós como instituição de ensino precisamos nos atrelar a esse polo tecnológico para ofertar também possibilidades aos nossos estudantes de geração de trabalho e renda, inovação e formação durante o seu processo”, explicou.
Entre os objetivos para alcançar a meta de desenvolvimento está o bom gerenciamento do orçamento, procurar recurso externo, gerar a possibilidade de novos cursos, fortalecimento do eixo tecnológico e outro grande desafio, segundo Celso, é a permanência e êxito, considerando a necessidade ainda maior de assistência estudantil em meio à pandemia, sendo que com o ensino remoto, os estudantes precisam de internet e equipamentos.
“A assistência estudantil precisa ser muito forte, porque estes estudantes tendem mais à evasão em um momento de pandemia, porque a economia também se deteriora e os estudantes vão ajudar os pais, vão trabalhar para o sustento da família, e se a gente tiver uma assistência estudantil cada vez mais forte, mais nós teremos esses estudantes com permanência e êxito”, disse.
Outra ação realizada é a “escuta diferenciada”, que ele relata já ser feita, mas precisa ser intensificada. A ação consiste em escutar os estudantes buscando saber quais os problemas que enfrentam e quais os entraves para seguir estudando no IFSul, enquanto para aqueles que ainda não estão estudando no Instituto, são apresentados os seus potenciais e os cursos que podem fazer.
Durante a pandemia, desde março de 2020, o campus fechou e foi construído o calendário para ensino virtual, considerando que somente a oferta de ensino não é o suficiente, é necessário todo o trabalho de assistência. E essas são ferramentas, sendo que ainda são utilizadas plataformas online para a realização das aulas no modelo remoto.
O diretor do IFSul campus Livramento salientou a dedicação de todos os servidores e estudantes e revelou que de acordo com uma pesquisa feita no Instituto, 91% dos estudantes aprovam a forma de ensino que está sendo ofertada em meio à pandemia. Ele concluiu afirmando que a gestão e todo o processo de desenvolvimento têm o foco no estudante.
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