Amigos e familiares prestam homenagem ao radialista Roberto Silva

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Nesta semana o radialista Roberto Silva, acabou falecendo no hospital Santa Casa de Misericórdia. Santanense, Roberto Silva iniciou no rádio aos 18 anos, em 1967, na pioneira rádio Cultura. Em razão de seu falecimento, a reportagem do Correio do Pampa conversou com a sua esposa Mirna Barros e com alguns amigos de longa data que relembraram os bons momentos que passaram com ele.

 Mirna Barros

“Conviver 40 anos com Roberto, de 1982 a 2022 foi o maior presente que Deus me deu, sua meiguice, paciência, humildade, companheirismo, dedicação, foi inigualável, grande amigo, grande pai, diariamente escutava a sua frase chave dizendo… (Deixa comigo). Hoje Deus o levou, mas ficou comigo, nossos filhos Anderson e Alisson, expansão de seu grande coração isso é o que me consola, parte dele continuará pertinho de mim”.

Colegas de profissão falam sobre a amizade que tinham com o radialista

 Toco Pereira Gomes

Gerente da Rádio Cultura

É muito longa a minha amizade com o Roberto Silva, porque nossos pais nasceram juntos, próximo a Dom Pedrito, posteriormente que eu fui realmente conhecê-lo na Rádio Cultura. Eu vinha na rádio quando eu era jovem, mas não trabalhava ainda no local, já que a gente se conhecia porque eu vendia comercial com o meu pai que tinha uma padaria, após isto fomos nos familiarizando e depois o Roberto virou um amigo. O Roberto sempre fez muitas campanhas na Rádio Cultura, fez campanhas para arrecadar alimentos, roupas para ajudar a comunidade e ele acabava até mesmo chorando vendo as pessoas pedindo ajuda, sendo um funcionário e um colega de primeira. Ele sempre foi amigo de todo mundo, um cara gente fina que era apaixonado por rádio, ele teve uns 4 anos trabalhando na Rádio Líder, mas voltou para a Cultura, sempre muito gentil e muito humano. A nossa amizade era das melhores, porque ele vinha fazer o seu programa, fazia as brincadeiras, porque ele tinha uma forma de brincar , mas devido a pandemia quase não nos víamos, apenas nos falávamos muito por telefone, inclusive um fato que me marcou foi que um dia antes do falecimento dele, ele me ligou e me disse que estava melhorando e em breve estaria de volta. Após ele falecer as pessoas não pararam de ligar para radio, porque ele tinha um carisma e um jeito de tratar as pessoas que era único”.

 Dagberto Reis

Radialista

“Eu conheci o Roberto quando eu comecei a minha carreira no rádio há 35 anos na Rádio Cultura, que na época a rádio era na rua Conde de Porto Alegre, onde hoje em dia é o estacionamento do Supermercado 300. Tive a oportunidade de trabalhar junto com o Roberto quando ele foi narrador esportivo e eu trabalhava de repórter e nesses mais de 20 anos que estou na Rádio Cultura a convivência sempre foi boa, não a  convivência de estarmos juntos, porque  eu trabalhava pela parte da manhã e ele pela parte da tarde, mas sim  a convivência de vivermos vários momentos juntos em atividades de emissora, mas o suficiente para dizer que desde de guri acompanho o trabalho do Roberto Silva, eu ouvia ele na rádio e tinha o sonho de trabalhar no nesta área. O Roberto Silva é uma marca no rádio, um produto do rádio, que marcou a sua época, que ficará eternizado, porque são mais de 50 anos de rádio, então é alguém que deixou um legado e uma história muito bonita. A gente tem um carinho muito grande pelo roberto, já que ele é um espelho para todos nós profissionais, pela sua longevidade na profissão, um cara que nunca parou de trabalhar, que sempre esteve a frente do microfone  e um cara que tinha algo que eu considero fundamental no rádio e que sigo sempre, que é essa interatividade com o público. Ele era um cara que através do seu programa tinha a interatividade com as pessoas, e colocava elas no ar para conversar, não só para pedir música, então a gente sente muito e acredito que oque fica mesmo é a sua história.  Um cara que passou desde os alto-falantes até o rádio com o programa de auditório  no Guanabara, show de calouros, um cara que veio para a rádio que nós temos hoje, já na era digital , então sentimos muito, porque era um grande profissional difícil de se encontrar, um cara que fez sucesso em clubes de Sant’Ana do Livramento, clube dos Sargentos, na Alternativa Romântica que criou como empresário, enfim uma história muito bonita que deixa saudade”.

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