A importância da economia no nosso dia a dia

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Na sexta-feira (13), foi comemorado o dia do economista, e em razão disto a reportagem do Correio do Pampa conversou com a estudante de economia da Unipampa, Soraia Khalil e com o Coordenador do curso de Economia, André da Silva Redivo, que explicaram sobre a importância de se estudar economia nos dias atuais e como as aulas estão funcionando na pandemia.

André Redivo conta que o Curso de Ciências Econômicas da Unipampa tem duração mínima de 8 semestres (4 anos) e máxima de 14 semestres (7 anos). O curso iniciou em 2010 e atualmente conta com 233 alunos, sendo 160 alunos de Santana do Livramento, 17 alunos de São Paulo, 4 alunos do Rio de Janeiro, 3 alunos de Rivera, além de pessoas de outros estados. Ele relata que o campo de atuação do curso de Ciências Econômicas é bastante amplo, já que os alunos podem optar por seguir sua trajetória acadêmica, através da realização de pós-graduação stricto sensu (mestrado e após doutorado) e lato sensu (especialização). Também podem escolher atuar profissionalmente em diferentes ramos de atividade econômica (indústria, agricultura, comércio e serviços) e nos setores públicos e privados, além disto os alunos pode atuar em assessoria, consultoria e pesquisa econômico-financeira, produção e análise de estatísticas de natureza econômica; perícia judicial e entre outros.

Em relação a procura pelo curso, ele fala que anualmente o curso preenche a totalidade de suas vagas ofertadas através dos ingressos por meio do Sisu, nota do Enem e Nota do Ensino Médio, também há o preenchimento das vagas destinadas aos editais específicos para Fronteiriços, para Indígenas Aldeados e Moradores Quilombolas.

Foi perguntado a ele qual é o papel da economia no momento em que vivemos, sendo destacado que a Ciência Econômica é fundamental para compreender os fenômenos econômicos, políticos e sociais de uma sociedade, sobretudo quando se trata da produção, distribuição e consumo dos bens e serviços produzidos pela sociedade. Além disto os alunos do curso possuem uma sólida formação em teoria econômica, métodos quantitativos e histórica econômica, que também é bastante plural, constituindo uma ampla base de conhecimento para interpretar uma sociedade.

“Acredito que estudar Ciências Econômicas garanta uma formação ampla e plural, permitindo que os estudantes construam habilidades para analisar e interpretar os fenômenos sociais relativos à produção, distribuição e consumo dos bens e serviços gerados pela sociedade” comenta André.

André fala que na pandemia a Unipampa está trabalhando com Atividades de Ensino Remoto Emergenciais (AERE), as aulas estão ocorrendo de forma remota, através de atividades síncronas que são aulas em tempo real, utilizando ferramentas de comunicação que permitem a interação entre alunos e professores, já as aulas assíncronas são atividades que acontecem por meio de plataformas de ensino, tais como o Moodle, que é um Ambiente Virtual de Aprendizado. Assim, se um aluno é vinculado a um curso noturno, as atividades síncronas e assíncronas acontecem no período noturno, o mesmo vale para cursos matutinos e integrais.

Segundo o coordenador, a Unipampa realizou a Semana do Economista (SECON), que está em sua quinta edição no ano de 2021, já que desde 2020 o evento acontece de forma remota, utilizando tecnologias de informação que permitam a realização de palestras. Neste ano, as palestras foram transmitidas ao vivo pelo canal do curso no YouTube, nos dias 11, 12 e 13 de agosto, portanto com três dias de atividades. Foi apresentado uma palestra com o Economista Paulo Gala, com o título “Brasil, uma economia que não aprende”, também ocorreu uma roda de conversa com egressos do curso que seguiram a trajetória acadêmica e por fim, no último dia houve duas palestras, com os professores da Unipampa, campus Santana do Livramento.

A reportagem do Correio do Pampa também conversou com Soraia Khalil que é formanda do curso de Ciências Econômicas da Unipampa. Ela conta que sempre teve vontade de trabalhar em banco, ou em alguma área nesse sentido, e dentre os cursos que a Unipampa oferece, o que lhe chamou mais atenção foi o de Ciências Econômicas. Ela relata que no começo foi bem difícil se adaptar no curso, já que entrou na faculdade com 17 anos e fazia pouco tempo que havia terminado o Ensino Médio, mas depois tudo foi se alinhando, e acabou ficando mais “fácil”.

“Hoje pretendo seguir estudando, investir tempo e dedicação a um programa de pós graduação, afinal conhecimento nunca é demais”. comenta.

Foi perguntado a ela qual é a melhor parte de sua profissão, ela contou que a melhor parte é a ampla possibilidade de atuação, já que são diversas as áreas nas quais um economista pode atuar, dentre elas assessoria, consultoria financeira, analista de dados, planejamento, formulação de políticas entre outras. Para ela outra parte boa da profissão é a capacidade que os economistas têm de poder mudar e reverter as questões financeiras e econômicas, a fim de desenvolver as regiões, buscar o constante crescimento, levando em considerações aspectos que vão além dos econômicos, sobretudo os que promovam o bem-estar da sociedade.

Em relação as dificuldades da profissão ela relata que tenta compreender a economia como um todo, já que é um desafio constante, porém, no momento atual, devido ao cenário de crise pela COVID-19, a maior dificuldade está sendo analisar como iremos enfrentar a recessão econômica. Soraia fala que conseguir fazer com que a produtividade aumente, gerar maiores níveis de renda, desenvolver políticas públicas que diminuam a desigualdade, tentando, junto a isso, controlar a inflação, são algumas das preocupações que os economistas enfrentam devido à crise.

“Acredito que o investimento em estudos e cursos, que tenham como objetivo contribuir para a educação financeira, seja de boa ajuda, além de realizar planejamentos e estipular metas”. comenta Soraia.

Sobre a importância da economia no nosso dia a dia ela conta que a Economia é importante na vida financeira, porque ela nos ajuda a compreender o que está acontecendo em tempo real, ajuda também na tomada de decisões racionais por parte dos indivíduos e das empresas.

Foi perguntado a ela qual seria o caminho para a recuperação da economia, após a pandemia, ela destacou que será necessário a adoção de políticas fiscais e monetárias por parte do Estado, já do lado fiscal, seria necessário aumentar a parte dos gastos do governo, buscando gerar empregos para a população e investir em setores que de certa forma tragam um retorno para a sociedade.

“Pelo lado monetário, tentar diminuir as taxas de juros para facilitar o acesso ao crédito, porém, sem deixar de buscar o aumento da produtividade, para que não gere altos índices de inflação., além também de buscar incentivar os investidores que são de grande importância para a recuperação das atividades em um cenário de pós pandemia” comenta Soraia.

Ela relata que não vai ser uma recuperação de curto prazo, porque os impactos para a economia foram intensos, mas é necessário acreditar que é possível já que temos as ferramentas para isso, e que se bem utilizadas, mesmo que seja em longo prazo, podemos  recuperar a economia.

 

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