A história de Otalício Amaral, o Papai Noel de Livramento

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Nesta semana a reportagem entrevistou Otalicio Amaral, mais conhecido como “Papai Noel”, que trabalha há 15 anos sendo este personagem tão importante para as pessoas no Natal. Ele explicou como iniciou a sua trajetória e qual momento foi mais marcante de sua vida, sendo o Papai Noel.

Amaral contou que ser o Papai Noel é muito gratificante, é algo fantástico de se viver, além disto ele explicou que a sua paixão pelo personagem iniciou em 1955 quando tinha 7 anos e foi morar na rua Pinheiro Machado. Ele relatou que o seu padrinho, Setembrino Pinto, se vestia de Papai Noel e ia nas residências deixar os presentes de natal para os vizinhos. Essa lembrança lhe marcou muito, além disto na época os jogadores do 14 de Julho tocavam com alguns instrumentos as músicas natalinas, e este gesto encantava a todos. mas a ideia de se vestir de Papai Noel iniciou apenas em 2001, quando se aposentou do comércio.

“Eu estava na praia e falei para a minha saudosa esposa que eu tinha um projeto de vida, que era fazer um personagem do Papai Noel, eu tinha tudo, a barba branca e o cabelo já estava ficando grisalho, e, caso decidisse por ser Papai Noel, ela me daria a roupa. Eu disse que tinha que me preparar e aquela conversa terminou ali. Passados 7 anos, me espiritualizei um pouco e aprendi muita coisa” destacou.

Segundo ele muitas pessoas lhe chamavam de professor e ele também sonhava em realizar esta formação, então decidiu cursar magistério e se formou na área, porque para ele, ser Papai Noel não é apenas chegar e vestir à roupa, é necessário aprendizado.

“Em 2007 eu disse para a minha esposa que estava pronto para ser o Papai Noel e ela me deu a roupa, neste momento decidi falar com o meu amigo Eduardo que era gerente das lojas Colombo na época, e pedi para ficar na frente da loja com a vestimenta natalina. A ideia era pegar o ônibus lá na pracinha da Brigada Militar, vir para o centro e ficar cumprimentando as pessoas, dando bom dia, boa tarde, feliz natal e próspero ano novo, era para ser uma coisa diferenciada” explicou.

Ele fala que consequentemente Eduardo acabou chamando para dar um emprego na empresa, já que havia surgido uma vaga para trabalhar como recepcionista da loja.

“Eu fui, fiz o teste e fui escolhido, comecei a trabalhar como Papai Noel no dia 15 de dezembro de 2007. No primeiro momento eu já estava com a roupa a uns dez minutos e uma criança passou e entrou na loja,  a sua mãe foi atrás para tirar a foto, ele sentou na minha perna e olhou para mim e disse “eu te amo Papai Noel”, neste momento veio lágrimas de emoção nos meus olhos, porque ele não estava falando para mim Amaral, mas sim com o Papai Noel, foi a primeira declaração que eu recebi sendo este personagem tão importante” relatou.

Amaral conta que na realidade ele é Papai Noel todos os dias, porque através da internet algumas pessoas lhe pedem para realizar algum sonho, ajudar na necessidade de alguém, então ele ajuda as pessoas de todas as formas.

“Agora em janeiro eu fui à cidade de Colinas, no Rio Grande do Sul, que é uma cidade pequena e realizamos um encontro com 25 papais-noéis, no local estava 1% da população da cidade e fomos recebidos com muito carinho. Por isso neste natal espero que tenhamos muita compreensão com o outro, que sejamos solidários e que procuremos entender o outro, porque as vezes pensamos muito na gente, mas o outro também tem a sua história, por isso devemos ser boas pessoas”, finalizou.

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