História – 12/09/2020
CIDADE DIFERENTE
Tenho participado em muitas solenidades, e o que me chamou a atenção é que raramente se canta o hino a Sant’Ana do Livramento. Muitos até que não sabem que existe um hino dedicado à nossa cidade. O professor Agapito Prates Paulo é o autor da letra da música do hino “Cidade Diferente”, apresentado à Câmara Municipal pelo vereador Ivo Caggiani, sendo aprovado a 14 de agosto de 1981.
Descobri uma reportagem no Jornal A Plateia de 09/06/1982, sobre o assunto que diz: “A expressão “Cidade Diferente” pertence ao poeta santanense Joaquim de Abreu Fialho, que seguidamente a utilizou em suas crônicas. No poema do Professor Agapito, a expressão sugere imagens evocativas da natureza, da história e da sociedade santanense, “devendo encontrar, no coração e na mente do povo de Livramento, uma explicação mais ampla e específica”, segundo seu autor. O Poema, como explica Agapito, procurou ser simples, ingênuo e tão sintético quanto possível, com melodia fácil e cantável para expressar os sentimentos.
“O Município precisava de uma canção que fosse própria e representasse a região. Eu tinha composto uma melodia, por sugestões de amigos, concordei em apresenta-la ao vereador Ivo Caggiani, que interessado, apresentou ao Legislativo, onde foi aprovada”. Na composição, “existe a necessidade do registro de valores espirituais do povo e da história, exaltando a fraternidade e liberdade”. Aparece ainda no poema a velha e histórica imagem de Sant’Ana como símbolo de todos os valores da terra, juntamente com valor e paz, abertura e realização do santanense como povo. O hino apenas recorda as características mais marcantes, sem entrar em detalhes, aclamando a beleza natural do local, e convidando a todos para visitarem a cidade, considerada na expressão, “Cartão Postal do Brasil”, como símbolo da pertença infantil jovem e até mesmo saudosos de adultos, a este torrão querido. O Poema “Cidade Diferente” deve ser a canção de todos os santanenses em qualquer momento de suas vidas”. Esta é a opinião do professor Agapito Prates Paulo, que sintetiza perfeitamente em seu poema toda participação continental e até mesmo universalista da fronteira. A expressão “Cidade Diferente” deve aparecer sempre entre aspas, e ser creditada ao literato Joaquim de Abreu Fialho. Portanto, devemos ser gratos aos que criaram o hino para Sant’Ana, e é nosso dever, como cidadãos, conhecer sua letra e aprender a cantá-lo. Infelizmente, muitos utilizam a expressão “Cidade Diferente” quando acontecem coisas inusitadas ou utópicas na cidade, sem saber sua verdadeira origem. Um belo estribilho do hino diz: “As várzeas e canhadas e tuas coxilhas / repetem maravilhas de teus heróis / um povo que te canta alegremente, / “Cidade Diferente”, de amor e paz”.
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