História – 12/06/2021
Comportamento do gaúcho antigo
Muitos pesquisadores, historiadores, realizaram estudos exaustivos a respeito do gaúcho. Pois a cultura envolve ações, valores de ideias que os indivíduos da tradição em estudo apresentam, prezam e praticam em comum. Graças a viajantes, cientistas e naturalistas que deixaram registradas suas impressões sobre a cultura dos habitantes das regiões por onde passavam, legando a nós os materiais que hoje estudamos. No caso dos viajantes estrangeiros provavelmente cada juízo emitido sobre o gaúcho antigo foi baseado em grande número de observações. Muitos eram cientistas ou pelo menos excelentes observadores como atestam seus minuciosos textos. Essas informações não ficaram somente conosco e sim para os estudos antropológicos dos povos da América, como o caso da França. Vejamos agora a publicação de 1833, do jornal “Le National Paris”, do antropólogo francês Paul Rivet, com várias informações sobre o gaúcho, entre as quais: “Sua fala é enérgica, rápida e irregular; falam com fogosidade e grande facilidade; são imaginativos de espírito vivaz e apaixonados. Entre eles, quem sabe montar, laçar, atirar a boleadeira e manejar uma faca, está completo. ( ) e são improvisadores, vivendo as expensas das inextinguíveis tropas de gado cuja carne é a base de sua alimentação. Muitos jamais comerão pão. Sua calma habitual cede lugar a um ardor indomável quando o fogo de suas paixões se acende, o que não é raro. O sentido de independência e amor a pátria, por exemplo se manifestaram mais de uma vez entre estas gentes grosseiras de alma heroica. Quando estoura uma guerra, este povo pastoril e pacífico se volve, de golpe, em um exército de terríveis guerreiros. Seu gosto pelo baile e música mostra igualmente, que sua sensibilidade é susceptível de grande exaltação. O Gaúcho é bravo por temperamento, mas sua bravura é animal (..). São capazes (..) dos mais famosos atos de devoção e sacrifício pessoal pela causa que abraçaram. Em suas brigas, em que o jogo é a causa mais habitual, estão, estão sempre prontos a degolar-se. A menor provocação, sacam a faca e corre sangue”. A respeito do caráter do gaúcho o Capitão F.B Head (1827) observou o seguinte: “O caráter do gaúcho é uma frequência muito estimável. É sempre hospitaleiro; em seu rancho o viajante sempre encontrará amistosa boa vinda e geralmente será recebido com uma dignidade natural de maneiras muito notáveis que quase não se espera encontrar em rancho de aspecto tão pobre. (…) É curioso vê-los invariavelmente tirando um chapéu ao entrar em uma peça sem janelas, porta de couro vacum e teto escassíssimo. Amigo leitor, para terminar, vejamos o que registrou Cunningahan Graham, Rio da Prata, 1870, sobre o gaúcho: “(…) levavam uma filosofia humilde mas bondosa e uma ausência absoluta de inveja(…)
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