Diálogo – 13/03/2021

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Por um protocolo sanitário único nesta fronteira

Devido à pandemia, sabe-se que mudanças profundas estão ocorrendo na sociedade atual. Tão relevantes quanto a invenção do fogo, os paradigmas e as formas com que a ciência e o conhecimento são disseminados estão em constante transformação, cada vez mais rápidos e, por muitas vezes, voláteis, já que o volume de dados com os quais nos deparamos diariamente é enorme. Se almeja que escolas fiquem abertas mesmo com programa de combate à pandemia como Reino Unido e França, que mantiveram aulas presenciais mesmo em fases de lockdown, porém, contudo, todavia nos questionamos postergando o bem geral das crianças. Temos inclusive um hospital militar a aproveitar e nem se fala no assunto.
Vivemos a era do assassinato social, e não é negligência, nem fracasso. É um crime; escolha consciente de uma oligarquia global movida por ética de narcisismo e indiferença. Nos sobra revolta nas redes sociais, não só pelo que se pode realizar, mas pelo que nos permite fazer. Nesse devir, há esperança. Como exigir dos governos locais, as prefeituras, que toda decisão que afete a todos, tem que chamar a todos segmentos representativos a opinar.
Logo, diante da persistência do horror político no mundo, Brasil e aqui no nosso quintal, ressurge a tentação de culpar o povo pelo descontrole desta pandemia. É cômodo, porém simplório. Mais vale examinar por que desapareceu o campo político alternativo e, em especial, como recompô-lo, não só nos mais diversos temas comunitários, mas principalmente neste terrorismo pandêmico de fechar tudo sem se usar o bom censo sendo. Não é do povo culpado disso, são os maus governantes que deixaram, os hospitais filantrópicos do SUS sucatearem, violência humanitária testemunhada por todos.
Aqui nesta fronteira, pasmos, assistimos a uma falta de integração sanitária, algo que não acontecia, pois por muitos anos sempre vacinamos os riverenses. Então, me dirijo à estimada Prefeita Ana Tarouco: as doenças não têm Pátria, somos um único ser vivo com dois corações. Precisamos com urgência de um comitê técnico binacional para deliberar ações sanitárias e restritivas em conjunto com los hermanos. Acordar com eles um protocolo sanitário único para esta fronteira, inclusive acordo de leitos UTI, depois entrar com novo pedido à justiça invocando a Lei Cidade Símbolo de Integração, sob nº 12.095 de 19 de novembro de 2009 por autonomia e respeito à nossa realidade fronteiriça. Os tratados fronteiriços são assinados pelos dois presidentes. Basta saber formatar via diplomática porque quem manda é a justiça, se for bem fundamentado na lei maior dos tratados. Fora disso, todo esforço sanitário unilateral nesta fronteira será em vão. Que os comerciantes prejudicados procurem os consulados do Brasil e Uruguay daqui em parceria com os comerciantes riverenses, marchem pelo que é certo nesta aldeia tribos amigas, marchem por mais justiça ao direito do comércio sem fronteiras.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
O erro técnico da justiça pela competência e a suspeição do Moro não absolve Lula, ele continuará a ser julgado novamente nas provas existentes das empreiteiras, onde bilhões foram devolvidos aos cofres públicos. O jurista Ives Gandra disse que errou o ministro anulando monocraticamente as sentenças de 15 juízes só porque Moro estendeu tapete vermelho para os promotores e ser duro com os advogados de defesa. Sobrará para nós pagar a conta, além dessa imensurável pandemia.

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