Diálogo – 05/06/2021
Os demônios e o idiota
Os demônios de Dostoiévski (1880) é a obra mais controversa e panfletária dele. Nela encontramos diversas caricaturas dos indivíduos que compunham a intelligentsia russa do período, maneira encontrada por ele de denunciar os perigos das ideias ocidentais que, levadas às últimas consequências no Império Russo, causavam o horror na imaginação do escritor. O romance é baseado em um fato ocorrido num assassinato real de um ex-estudante anarquista que mudou suas convicções e foi considerado um traidor sendo brutalmente assassinado com um tiro na nuca. O caso ficou conhecido como “O caso Nietcháiev”.
Foi, sem dúvida, a obra em que o realismo trágico de Dostoiévski mais se aproximou de fatos históricos. O caso que propiciou o foco narrativo do assassinato do estudante Ivanov, por ordem do niilista Sergey Nechayev a quem aquele não lhe reconhecia autoridade revolucionária. Nechayev, de certa forma, era discípulo de Mikhail Bakunin e com ele havia escrito o “Catecismo de um Revolucionário”, obra exemplar em maquiavelismo político, no dizer de Friedrich Engels. Após o assassinato de Ivanov, Bakunin rompe com Nechayev, e realiza sua autocrítica “de que todos os meios são justificáveis para atingir os fins políticos.
Lênin considerava “Os Demônios” como um romance “repulsivo, porém colossal”, confessando havê-lo lido quatro vezes, a era Stálin iria bani-lo, juntamente com “Irmãos Karamazov” e “O Idiota”. Até a década de sessenta, eles eram considerados leitura “perniciosa” e “não construtiva” para o proletariado russo.
No romance “O Idiota”, Dostoiévski nos apresenta o Príncipe Michkin um personagem perfeito em sua concepção: uma moral incontestável, uma bondade excessiva e uma compaixão cega e desmedida ao próximo, tal qual a imagem de Cristo. Dizia: ‘Eu quero escrever um Romance sobre um Príncipe Jesus‘, ou seja, é um personagem absolutamente belo, como o próprio Dostoiévski o definia. E esse personagem vem ao mundo e no final das contas é derrotado. O bem e o amor absoluto não conseguem sobreviver no mundo de Dostoiévski, e atualmente, claro.
BRASIL NO “COVA AMÉRICA”
Adoro competição de seleções mais do que de clubes. O futebol é o esporte mais apreciado do mundo e dá muito emprego e alegria. Sou a favor da COPA AMÉRICA no Brasil, principalmente porque será sem público e de mínimo risco em massa. O discurso contra é pura demagogia do quanto pior melhor para aniquilar o Bolsonaro. É uma vergonha ao pondo que chegamos com uma mídia totalmente partidária a quebrar a moral dos brasileiros na esperança de uma convulsão social para acenderem ao poder. O futebol é alegria, e isso incomoda os que tem ódio a este governo. Estamos vendo os campeonatos nacionais, estaduais, libertadores e eliminatórias ao mundial normalmente. É uma falácia a contaminação viral de uma população assistindo os jogos em casa com os protocolos em vigor aos jogadores. Isso está valendo para tudo. Viramos uns selvagens da democracia. O destino do Bolsonaro, o qual não sou fã, é nas urnas e não numa vergonhosa sabotagem ao Brasil. Prestem bem atenção em quem quer o bem do Brasil e não aos que têm projetos políticos pessoais a qualquer custo. Deletem os canalhas da vida que a paz de espirito te iluminará.
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