Diálogo – 02/04/2021

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Ressurreição 

Se existe uma certeza na vida, esta é a morte. Jesus nunca morreu, nós é que morremos todos os dias numa tortura existencial que teimamos em negar e a deprimir muitas pessoas como agora diante desta mortandade epidemiológica. Este vírus é a prova de que tudo pode mudar na vida. Tudo deve mudar. O Cosmos, a vida, o clima, as elipses de planetas e galáxias… tudo em movimento. Isso é a mudança da vida. Se a gente tem medo de mudanças, então é melhor morrer, pois a vida é cheia de mudanças, e o covid é só mais uma. Este vírus é mais uma desculpa para a morte, a passagem para outra vida. A morte gera um impacto negativo nas pessoas, é o normal da vida. Não é normal, não falar da morte.

Recebemos muitas mensagens celestiais que só os sensitivos acolhem, no século passado com os três pastorzinhos nos três segredos de Fátima. Neste século, em abril de 2019, recebemos mais um sinal que que a humanidade não andava bem: o incêndio da Catedral de Notre-Dame de Paris. Ali carbonizou-se misteriosamente o equivalente a 800 árvores de carvalho no telhado, extinto na Europa, causando danos que colapsaram a catedral e a fé de todos cristãos no planeta. Para muitos foi um sinal de que algo muito ruim estava para acontecer neste século à humanidade. Não deu outra, esta peste estava sendo chocada na China. Ali, no final daquele ano, começou a se esparramar como fogo para a Europa e o mundo. O choque foi e é grande devido a imensurável dor da perda de parentes e estimados amigos que amamos. Nisso, a solidão nas ruas avisa para nos desarmar dos caprichos da vida e a nos preparar para partir se for o momento.

Ninguém de sadia razão poderá contestar a doutrina revelada por Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Já no Antigo Testamento, sobretudo, no Salmo 48 (49) nos atesta sobre a indefectível verdade, que é a instabilidade da felicidade meramente material, dizendo: “Por que ter medo nos dias de infortúnio, quando me cerca de malícia dos pérfidos? Eles confiam em seus bens, e se vangloriam das grandes riquezas. O que dizer, então, daqueles cientistas de maneira supereminente otimistas que procrastinam, talvez, num futuro longínquo, a vida humana imperecível? Até não negaríamos, face aos inesperados progressos da ciência, que tais aspirações possam acontecer no âmbito de uma vida sadia em si, sem, contudo, aceitar a imunização da morte.

As religiões gastaram fortunas em igrejas luxuosas como prova de amor à Deus, Até que se entende tamanha oferenda em devoção. Mas Jesus não quer oferendas, nem de ouro, nem prata. Quer somente o amor entre as pessoas. Vivemos tempos de narcisismo, de egoísmo, escravidão do consumo, de destruição ambiental. Esta é a ressurreição que Jesus sonha para a humanidade, parar para pensar na nossa casa, a Terra, com amor aos animais e a todos nós.

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