A arte de ser pai
Quem faz jus ao título de “maior homem”? Não sei… Mas sei que todos nós, caso seja perguntado qual o maior homem que você conheceu, certamente diria: meu pai. Não basta ser um homem mais inteligência para ser grande pai na vida de um filho, ou o mais poderoso, pois há também poderosos mesquinhos… Não basta qualquer forma de religião. Podem todos esses pais possuir muita inteligência, muito poder, e certo espírito religioso e nem por isso ser um grande pai.
Pode ser que lhes falte certo vigor e largueza, certa profundidade e plenitude, indispensáveis à verdadeira grandeza. Podem os inteligentes, os poderosos, os virtuosos não ter a necessária liberdade de espírito… Pode ser que as suas boas qualidades não corram com essa vasta e leve espontaneidade que caracteriza todas as coisas grandes. Pode ser que a sua perfeição venha mesclada com um quê de acanhado e tímido, com algo de teatral e violento.
O grande pai é homem silenciosamente bom… É genial, mas não exibe gênio… É poderoso, mas não ostenta poder… Socorre a todos, sem precipitação… É puro, mas não vocifera contra os fracos… Adora o que é sagrado, mas sem fanatismo… Carrega fardos pesados, com leveza e sem gemido… Domina, mas sem insolência… É humilde, mas sem servilismo… Fala às grandes distâncias, mas sem gritar… Ama, sem se oferecer… Faz bem a todos, antes que se perceba…
O grande homem é pai que não se quebra diante de um trabalho humilde, nem apaga a mecha fumegante da esperança, nem se ouve o seu clamor nas ruas… Apenas rasga caminhos novos sem esmagar ninguém… Abre largos espaços, sem arrombar portas… Entra no coração humano, sem se saber como… Tudo isto faz o grande pai, homem que é luz como o sol, esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e extremamente delicado para beijar uma pétala de flor…
Assim é, e assim age um pai verdadeiramente grande porque é instrumento nas mãos de Deus… Desse Deus de infinita potência e de supremo amor… Desse Deus, cuja força governa a imensidade do cosmos e cuja paciência tolera as fraquezas do homem…
Ser um grande pai é uma arte existencial, mais do que ninguém, imagem e semelhança de Deus, pois um filho é a sua semente, os netos a semente da sua semente. Tudo um lindo projeto dos nossos sonhos que nos trarão respostas do amor pela eternidade. Que Deus abençoe todos os pais.
AMOR
Amor é ter maturidade o suficiente para entender que nem tudo é para sempre, que o para sempre, às vezes, chega ao fim, e devemos parar de considerar cada final como uma nova frustração. Amor é ter a consciência de que o amar não existe apenas enquanto o outro está do lado, o amar deve permanecer principalmente quando o outro não está mais ao seu lado. É fácil amar enquanto o outro está dividindo uma cama contigo, difícil é admitir que existe amor quando o outro já foi e você consegue senti-lo muito mais, pois dividiu momentos, histórias, brigas e ensinamentos.
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