Diálogo

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Podem queimar os livros

Parece falso, mas a única coisa que vale a pena é a educação. Todos os outros bens são humanos e pequenos e não merecem ser procurados com grande empenho. A riqueza é uma dádiva da sorte, que a tira e a dá. A glória é instável. A beleza é efémera; a saúde inconstante. A força física cai tomada pela doença e pela velhice. A educação é a única das nossas coisas que é imortal e divina. Porque só a inteligência rejuvenesce com os anos e o tempo, que arrebata tudo, dá sabedoria à velhice. Nem sequer a guerra que, como uma enxurrada, varre e arrasta tudo, te pode tirar o que se sabe.

Nesta guerra, fenômenos reveladores da mentira em que assenta hoje o discurso e ação política no mundo, todos concordam que o discurso dos políticos tem a credibilidade de um horóscopo. EUA OTAN NATO vendem Zelenski como se fosse a Europa, lutam bravamente pela democracia, pelos direitos humanos, pela cultura do velho continente, pelos valores caros aos europeus como liberdade e cultura. Surpreende ver a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen estender os braços no melhor sorriso a Zelenski, e só não o instala em Bruxelas porque não tem quartos disponíveis, conta o escritor Português Carlos Matos Gomes. Ursula assiste calada Zelenski mandar queimar todos os livros em russo, e todas as obras da grande literatura europeia escrita por russos, proibiu as músicas e os bailados russos. Putin, um perigo para a democracia, nunca mandou queimar livros (pode ser que o faça, mas não fez, nem de judeus, nem de alemães, nem de italianos, nem de ingleses). É um perigo para a cultura e civilização um Zelenski que queima obras primas da cultura europeia, pois é um europeu que acolheram de braços abertos.

É na defesa dos valores da humanidade que um cavalo de troia na democracia, como um Zelenski, que neste fato revela o caráter de um político com o conceito do cancelamento. Todos sabem a história da Europa do cavalo de troia para permitir tipos que começam um discurso para queimar livros. Zelensnki é mais um “herói” de papel:  ordenou a destruição de 100 milhões de livros por considerá-los “pró-russos” (…) destruição de todos os livros publicados na Rússia, publicados no idioma russo ou traduzidos do russo. Na foto, lembro de um certo “herói” que fez igual.

Podem queimar os livros, esquecem que os homens sempre plantam livros, mesmo que eles pereçam desfolhadas por traças. Desta vez, temos os livros digitais como almas deles nas nuvens, onde em cada página há uma evocação para o advento de um novo homem, que agora pode nascer numa inusitada espécie de árvore cibernética na eternidade, talvez uma que desabrochasse homens livres de fato, leves… de mais amor pela humanidade.

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