Negacionismo
A reação à mais recente variante de Covid confirmou uma verdade desagradável. Muitos abraçaram a ideia de combater a pandemia, mas nada fizeram de relevante. Dizem que precisamos nos vacinar, mas com a ômicron, embora pareça menos fatal, começou a fazer filas revogando todas as certezas da política sanitária. Agora precisaremos de atilamento para tolerar o insuportável.
A propagação da variante ômicron foi facilitada por um escândalo de negligências. O provável está se confirmando, de que o vírus mute em locais onde a vacinação é baixa e a transmissão alta. Portanto, a enorme diferença entre as taxas de vacinação no mundo desenvolvido e no mundo em desenvolvimento é provavelmente a culpada. Alguns países ricos estão acumulando estoques de vacinas em detrimento aos países pobres.
Em segundo lugar, como registrou o The Lancet em abril, “as empresas farmacêuticas beneficiaram-se de enormes somas de financiamento público para pesquisa e desenvolvimento, entre 2,2 bilhões e 4,1 bilhões de dólares foram gastos até fevereiro de 2021 na Alemanha, no Reino Unido e na América do Norte”. No entanto, quando solicitadas o licenciamento gratuito das vacinas, todas farmacêuticas recusaram. Então, o nacionalismo pandêmico prevaleceu sobre uma coordenação séria da OMS de esforços. E no Brasil, a disputa política da vacina prejudicou sim nosso protagonismo imunizador em lamentável desunião nacional.
Está claro que só uma mobilização de líderes fortes nos livrará desta crise civilizatória. Mais uma vez, o Ocidente reage da pior maneira possível e, de novo, estamos atônitos e paralisados, porque no fundo, tememos nos separar do que somos. Sim, além do remédio para a covid lançado agora há o apartheid das vacinas em condições opressivas impostas pelos países ricos para oferecer “ajuda” mostram que é preciso muito equilíbrio para aceitar que vacinem as crianças no argumento de que os benefícios superam os riscos, disparou o instinto dos pais de que todo cuidado para com as crianças é pouco.
Quando parte da ciência mente, mídia mente, políticos mentem de que as vacinas da Covid salvam todos, quando só diminui o contagio. Há algo errado nisso, pessoas queridas felizes por se vacinaram partiram. Recém constataram que nem a terceira dose resolve, teremos que ir para uma quarta dose incluindo crianças, até admitem que talvez seremos obrigados a conviver com esse vírus para o resto de nossas vidas. Andrew Pollard, professor, especialista em infecção pediátrica e um dos desenvolvedores da vacina da AstraZeneca disse: ‘Não podemos vacinar o mundo a cada 6 meses’
Poderosos estão investindo pesado nas farmacêuticas com lucros incalculáveis numa nova ordem mundial pela hegemonia. Além do mais, há o apartheid das vacinas e condições opressivas impostas pelos países ricos para oferecer “ajuda”, isso mostra que é preciso lutar por outra ideia: desencadear ações comuns para manter o planeta habitável; e cobrar de cada nação comprometimento de que sem vacinar países pobres antes, tudo é inútil. Fazer consulta pública como fez o Ministério da Saúde é o correto, assim como refletir e questionar uma “ciência politizada com vacina experimental”, a exemplo do Dr. Roberto Zeballos, não é negacionismo, é decência e humanidade.
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