Mídia e política sem hegemonia
Acabou para sempre o domínio da grande mídia sobre a produção e disseminação de informação. Cada indivíduo do planeta Terra, com acesso à tecnologia, passou a ser um comunicador. E isso, para quem detém o poder, é inaceitável. Essa é a razão da histeria, da violência e da brutalidade dos ataques à liberdade de expressão. Liberdade era boa quando ninguém tinha como se expressar. Agora passou a ser “fake news”, “negacionismo”, “terraplanismo” etc. e tal. Por isso tanto ódio direcionado a quem não subscreve a agenda chamada “progressista”. Aliás, totalitária e subserviente às narrativas ideológicas extremistas que, aproveitando-se da catástrofe da pandemia tentam mais uma vez atingir hegemonia global.
O verdadeiro esquerdista é pela liberdade total de pensamento, só não pode, óbvio pisar no quadrado do outro, que aliás tem lei. O homem verdadeiramente livre, não se submete ao pensamento único, e nesse sentido, nem a “direita” e nem a “esquerda”, mas apenas no que for consenso por livre e espontânea vontade. Afinal, foram séculos regados a subserviência, obediência ao líder supremo, mimo, egocentrismo, santimônia, crença na própria superioridade moral. O resultado foram guerras e ódios nacionalistas por nada. Perderam não apenas a capacidade de falar com o eleitor e leitor comum, a quem só conseguem xingar. Perderam também a capacidade de falar com parceiros do campo democrático, a quem só conseguem tratar como vassalos da democracia, esta asilada no debate cidadão.
José Saramago disse que na falsa democracia mundial, o cidadão está à deriva, sem a oportunidade de intervir politicamente e mudar o mundo. Atualmente, somos seres impotentes diante de instituições democráticas das quais não conseguimos nem chegar perto. Isso é verdade. A mídia, agora é de empresas de notícias que querem sua fatia no poder. Na política, partidos não dão voz ou chance a renovação. Olhem o que aconteceu na convenção do PSDB para escolher o candidato a presidente: Foi tanta maracutaia para sabotar o novo líder Eduardo Leite, que desmoronaram num fiasco. E assim se sucede em todos os partidos, tudo um jogo para obterem muito dinheiro via fundo partidário e os ideais que se lasquem. Daí se entende o principal agente político deste país lutar por seu ideal sem partido político no mandato, preferindo apenas seguidores patriotas. Onde aliás, pátria virou partido sem estatuto, apenas um sentimento.
Não poderia deixar de citar o Moro, Ciro, Simone Tebet e outros são só números miúdos das urnas. O lulopetista xiita, acredita que o mundo lhe deve algo e que podem jogar bomba nos outros e depois chorar no velório. É uma pulsão por morte mesmo, para culpar a todos os que não se mataram por eles. Tudo desespero, para quem sabe, capitalizar mais voto para o líder, que já está em perigo também, com a ascensão do desencanto do povo. Não entro aqui na questão de quem vai ganhar, mas a corrida ao palácio será entre os dois cachorros grande: Lula e Bolsonaro. O problema é que a conta, todo mundo vai pagar. E vai ser alta, pois a política e a mídia judicializada, roubaram a hegemonia da democracia.
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