A raiz do brasão de Livramento
Vejo com tristeza mais uma modificação do nosso brasão da cidade, não param mais de desconfigurá-lo sem nenhum critério da heráldica. Brasão não é um logo tipo ou marca de fantasia, é um marco do tempo. Nada contra as homenagens merecidas pretendidas, mas não se pode alterar a raiz concebida num brasão.
O 1º e verdadeiro Brasão de Sant’Ana do Livramento foi elaborado pelo emérito historiador e Prof. de heráldica, Dr. Gustavo Barroso quando do 1º centenário da cidade (se comemorava pela lei provincial 351 de 10 de fevereiro de 1957 que nos elevou a categoria de vila – tem um monumento na Tamandaré e veio até o Presidente Juscelino Kubitschek ) É descrito em termos próprios da seguinte maneira: Escudo semítico encimado pela coroa de mural de torres de argente e iluminada de goles, em campo de sinopla. Na base, listel com o topônimo “Sant’Ana do Livramento”, foi introduzido em Portugal por influência francesa e herdado pela herálgica brasileira como evocativo da casta colonizadora e principal formadora da nossa nacionalidade. Constava no canto superior esquerdo uma barraca representando o acampamento militar como início da povoação, marca insofismável da nossa fundação. Pois bem, no canto a direita do brasão os rios um ovino e um bovino que concebia nossa pecuária. Embaixo à esquerda, a Capela de Sant’Ana representando nossa origem e a direita o obelisco como marco de fronteira. Para esclarecer, 30 de julho de 1823 foi o dia de elevação da então capela de Nossa Senhora do Livramento que escolhemos como a fundação e comemoração do aniversário da nossa cidade.
Símbolo é algo que evoca, representa ou substitui algo abstrato ou físico, como nossos Prédios Públicos, Insígnias, Hino, Grafia, Lei e até mesmo uma pessoa. No caso, os registrados aqui são bens, intangíveis ou não, mas inestimáveis. Isso porque representam toda uma comunidade. A Lei nº 1.298 de 30 de junho de 1977, criou formalmente a bandeira e o brasão atual modificado e alterado sistematicamente equivocadamente. Alegam que as alterações são em decorrência de que a cidade evoluiu. Se equivocam, um brasão, em qualquer lugar do mundo, é como um carimbo na certidão de nascimento de uma comunidade ou ordem familiar. Com a aproximação dos 200 anos de Sant’Ana do Livramento, rogo aos santanenses que reflitam com as autoridades este lapso no marco da nossa histórica. E mais, pensar até em revogar todas as modificações decretando o retorno original do nosso brasão, que além de mais belo, é o verdadeiro marco das nossas origens.
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