Mesmo com a pandemia, lavouras do Município têm maior produtividade

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A pandemia afetou não somente os trabalhadores da zona urbana, bom como os produtores da zona rural do Município, uma vez que insumos e maquinários tiveram seus valores elevados ou sofreram atrasos na entrega.

 

Em Sant’Ana do Livramento a pandemia deixou o pessoal do campo bastante preocupado com relação ao andamento dos trabalhos, porém os produtores se adaptaram ao novo, adotaram as medidas de proteção e equipamentos e mantiveram seus trabalhos em fluxo constante, a fim de não prejudicar as safras.

 

De acordo com o engenheiro agrônomo Lafayete Xavier de Moraes Neto, coordenador do escritório local do Irga, economicamente ficou um pouco mais difícil o acesso aos insumos e peças, pois começaram a faltar materiais principalmente quando os comércios precisaram ficar fechados por conta do vírus.

“O agro não para, mesmo com toda dificuldade enfrentada não faltaram alimentos na mesa dos consumidores porque os trabalhos seguiram da mesma forma”, frisou.

Produção

 

Sant’Ana do Livramento possui 63 unidades produtivas, divididas entre pequenos e grandes produtores.

 

Com relação à produção, Lafayete Xavier explicou que a safra local teve uma redução de 7% a 8% com relação ao que foi plantado em decorrência da irrigação, já que os reservatórios de água estavam abaixo da capacidade.

 

“Este ano vamos enfrentar um aumento nos custos de produção porque os preços aumentaram, diante disso corremos o risco de voltarmos a anos atrás quando a geração de renda da lavoura esteve ameaçada”, pontuou.

 

A safra de 2020/2021 teve 8.072 hectares plantados, obtendo uma média de produtividade de 8.544 quilos por hectare, registrando a maior produtividade registrada em Livramento, isso se deve à união das práticas de manejo da lavoura aliada às condições climáticas.

 

Com relação à área de soja semeada o Município atingiu a marca de 7.510 hectares de soja em área que seria de arroz, com uma produtividade em torno de 2.240 sacas por hectare.

 

O engenheiro agrônomo Lafayete Xavier destacou que, segundo levantamento prévio, para a safra que vem deverá ter um aumento do número de área plantada, porque algumas voltarão a ser utilizadas. Segundo dados apresentados, Livramento apresenta uma média de 9.000 hectares plantados, aumentando em alguns anos e diminuindo em outros.

 

“Considero a área de Livramento muito importante, pois temos lavouras iguais e até melhores que muitos outros locais. Encontrei aqui muito incentivo para trabalhar, é uma comunidade muito interessante para o trabalho”, discorreu.

Trabalho do Irga junto aos produtores

Lafayette Xavier explicou que o Irga sempre está junto dos produtores auxiliando no que for preciso já que o Município, se comparado om outros locais, não representa uma área muito extensa, o que facilita a relação do escritório com quem está no campo. A partir de agora começa o planejamento das atividades, que deve ser feito com muito cuidado para não haver surpresas na safra de 2022.

“Hoje já temos cotação de arroz a R$70,00 e é um sinal de alerta que acende novamente, tivemos dois anos de rentabilidade na lavoura com uma grande valorização do produto. essa cotação foi bem interessante para valorizar a lavoura. Agora vamos entrar para outra realidade, onde já volta uma certa instabilidade, pois não sabemos o que vai acontecer com o clima e nem com os preços. Nesse sentido, estamos recomendando que, além de cuidarem das práticas de manejo também planejem bem os riscos, avaliem qual hectare vai ser plantado, estudem bem as possibilidades”, aconselhou.

Como conselho para os produtores, Lafayete destaca que todos precisam ter uma estratégia de planejamento pensando no futuro, não trabalhar apenas com o que se tem hoje, mas visando sempre as próximas safras, avaliando custos, investimentos e tudo relacionado com a produção.

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