Oitivas da CPI dos alimentos contam com mais dois depoimentos

Foram ouvidas as testemunhas Celso R. Lovato e Débora Sinara Pires Raymundo
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Na sexta-feira (11) foram ouvidas mais duas testemunhas nas oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos alimentos da Secretaria Municipal de Assistência e Inclusão Social. Compareceram para depor durante a sessão: o comerciário Celso R. Lovato e a Conselheira Tutelar Débora Sinara Pires Raymundo.

A CPI dos alimentos foi criada em 31 de março e tem como presidente a vereadora Maria Helena (PDT) e como relator o vereador Dagberto Reis (PT). O objetivo é investigar e apurar as responsabilidades pelos fatos identificados pelos vereadores, em vistoria no almoxarifado da Secretaria de Assistência e Inclusão Social. A investigação compreende o período de março de 2020 até março de 2021 e foi iniciada devido ao descobrimento de alimentos vencidos na secretaria.

O comerciário Celso R. Lovato foi ouvido representando Maria Elaine Lovato, sobre fatos relatados por Rui Rodrigues a respeito de sua empresa. Ele respondeu sobre o contrato para compra de cestas básicas em seu estabelecimento, por parte do Governo Municipal e explicou que a entrega era feita conforme a produção dos pedidos.

Sobre o comentário de que foram guardadas cestas básicas para doar durante as eleições, ele relatou que ocorreu de guardarem cestas apenas pela Secretaria não dispor de espaço o suficiente para armazená-las e não para barrar a distribuição, mas nunca estocaram quatro mil cestas. Celso contou que mantém uma amizade com Rui Rodrigues, mas este não tem envolvimento ou acesso à documentação da empresa.

Débora Sinara assumiu como conselheira tutelar em 2020, e testemunhou para a CPI principalmente a respeito da Casa do Bem, relatando sobre o trabalho que desenvolve. Segundo ela, desde o governo anterior foram constatados alimentos vencidos, além da falta de alimentos. A conselheira destacou que foram levadas todas as informações ao Ministério Público. “As crianças não estão recebendo todos os alimentos que têm que receber”, ressaltou.

A conselheira ainda relatou sobre o caso recente em que receberam uma denúncia anônima sobre a falta de alimentos na Casa do Bem (já abordado na CPI em depoimento de uma ex-funcionária da instituição) e foram realizar a fiscalização. “Eles ainda não conseguiram se adequar, eles têm essa dificuldade na questão dos alimentos”, afirmou Débora.

Ela ainda relatou que há pouco envio de carne para a instituição, mas isso ocorre desde o governo anterior, e que no momento da denúncia, mesmo com a baixa quantidade de alimentos, havia estoque de massa. Débora disse entender que falta realizar a licitação para não ocorrer a falta de alimentos. Segundo ela, em algum momento entre janeiro e março de 2021 faltou alimento na Casa do Bem. Ela ainda informou que o Ministério Público e o Judiciário têm conhecimento sobre esses fatos. De acordo com ela, quando ocorrem denúncias, a fiscalização se dá no mesmo dia, mas no procedimento normal do Conselho, a fiscalização da instituição se dá quinzenalmente. Débora contou que a coordenação da Casa do Bem mudou recentemente e foram repassadas orientações. Segundo ela, houve um grande aumento no número de acolhidos pela instituição entre a gestão anterior e a atual.

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