Advogada santanense se reinventa com a venda de cucas em Florianópolis

Sharlene Benites Fagundes criou a Rede Cuca durante a pandemia
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Enfrentando as dificuldades trazidas pela pandemia do coronavírus em 2020, a advogada santanense Sharlene Benites Fagundes, junto à sua família, se reinventou com a comercialização de cucas.

Vivendo há 15 anos em Florianópolis – Santa Catarina, a santanense é advogada há nove anos e atua na área trabalhista e cível. Com a pandemia e dificuldades para trabalhar, a vida de Sharlene passou por diversas mudanças, e assim surgiu a “Rede Cuca”.

Com fóruns fechados, clientes que “sumiram” e diminuição do trabalho do dia para a noite, em abril de 2020 ela e o seu marido, Paulo Rafael, criaram um perfil no Instagram e passaram a oferecer cucas aos amigos e, através de indicações, passaram a vender mais de 15 cucas por dia.

“Eu sempre gostei de cozinhar, e quando veio a pandemia fiquei assustada, pois tenho filho pequeno (de três anos de idade) e contas para pagar, então tinha que achar uma saída. Foi quando nos demos conta, eu e o marido, de que as pessoas estavam só em casa e dessa forma a comida seria a saída, porque acabam comendo mais estando em casa. Sempre gostei de cuca, meu marido fazia uma ótima, só que a massa era muito alta e até chegar a farofa demorava (risos), aí criamos juntos uma receita que não vai massa e torna a Cuca uma sobremesa leve e gostosa”, contou.

O casal cria em média dois sabores por mês e, neste momento, comercializa cucas nos sabores: goiabada, dois amores, banana caramelizada com creme de leite condensado, brigadeiro, paçoca, doce de leite e banana com canela. “Começamos vendendo em média seis/sete por dia e já chegamos a 25 cucas vendidas por dia, é bem variável a média de encomendas”, disse Sharlene.

De volta ao trabalho com a advocacia, ela mantém uma rotina corrida, durante a manhã prepara as cucas e o almoço da família e durante a tarde estuda e advoga. “Confesso que tem dias que não consigo pegar encomendas de cucas, pois meu trabalho como advogada voltou com força e ainda é meu maior sustento”, revelou.

Sharlene explicou que logo que surgiram as mudanças para o trabalho remoto, o qual ela tem gostado, com audiências por vídeo chamada, ela passou a trabalhar com três tipos de atendimento: físico (bem raro), por telefone e por vídeo chamada.

Sobre este ano de pandemia, ela afirmou: “Está sendo um ano estranho, cheio de desafios, dias que não conseguimos relaxar e viver tranquilos, mas também um ano que aprendemos a amar mais, aprender lidar melhor com as pessoas que estão ao nosso lado, estamos conhecendo melhor as pessoas que estão ao nosso redor, porque antes na correria do dia a dia era tão automático, dar oi um beijo e dizer até mais… te amo, agora olhamos mais no olho da pessoa, ouvimos mais. Digo que hoje sim podemos dizer que conhecemos as pessoas que nos rodeiam”.

A advogada concluiu contando que deseja fazer mais cursos na área da advocacia e manter a produção de cucas até onde conseguir, pois além de ganhar um extra, é prazeroso e satisfatório fazer as cucas, mexer a farofa e montar as embalagens com carinho para ficarem lindas.

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