Conselho Municipal de Meio Ambiente elege nova diretoria

Em reunião virtual realizada essa semana, o Conselho Municipal do Meio Ambiente elegeu sua nova diretoria, a qual passa a ser formada pelos seguintes representantes: Presidente Maura Regina Borges Carlos (OAB); Vice-presidente: Marcio Zamboni Neske (UERGS); Primeiro Secretário: Sandra Severo D’Abreu (Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente); Segundo Secretário: Leonardo Alonso Guimarães (ASCAR). Atualmente, o Conselho está composto por 9 entidades governamentais e 9 não governamentais.

Buscando entender como será o trabalho desempenhado pela nova gestão, a reportagem entrevistou a presidente eleita Maura Borges. Confira:

CPAMPA: Por que decidiu ser candidata à presidência do CMMA?

Maura: Considero importante e um grande desafio a participação em espaços democráticos como os Conselhos, onde a sociedade civil possa estar representada através das entidades que o integram, propondo políticas públicas dentro de sua área de abrangência e expertise e, ao mesmo tempo, o despertar do verdadeiro sentimento de pertencimento à sua comunidade, na medida em que o trabalho desempenhado pelos conselheiros é gratuito e voluntário.

CPAMPA: Quais são os objetivos a partir de agora?

Maura Os objetivos do Conselho Municipal de Meio Ambiente são, entre outros, criar mecanismos para aperfeiçoar constantemente a gestão ambiental do município, em busca de soluções para o uso mais racional e eficiente dos recursos naturais, a recuperação dos danos ambientais e a melhoria da qualidade de vida das populações rurais e urbanas. Também se destacam como objetivos, qualificar e ampliar as alianças entre órgãos públicos, setores empresariais, políticos e as organizações da sociedade civil, visando à construção de processos de cooperação que contemplem, efetivamente, os problemas ambientais locais, além de garantir uma gerência eficaz dos investimentos na temática ambiental do município.

CPAMPA: Quais são os principais desafios do setor no município?

Maura: Existem desafios a curto, médio e longo prazo, mas isso vai depender, de alguma forma, do interesse do Executivo Municipal em elaborar/aprovar/implementar projetos que visem à contemplar as demandas reprimidas. Entretanto, esta gestão elaborou um plano de ação e compromisso de trabalho, onde constam alguns temas específicos, entre outros, os quais nos parecem fundamentais para caminharmos no sentido de melhorar as condições ambientais e de vida da população santanense, urbana e rural:

-Plano Municipal de Resíduos Sólidos- participação efetiva do Conselho na elaboração da referida legislação, tão atrasada e necessária para qualificar as ações ambientais no nosso município;

-Educação Ambiental- priorizar e apoiar a construção de um Plano Municipal de Educação Ambiental, com o desafio de transformar o plano em uma legislação que garanta a sua implementação, independente das prioridades de sucessivas gestões do governo municipal;

-Uso de agrotóxicos no meio rural- a partir do apoio ao trabalho do Grupo de Trabalho em andamento, trabalhar para viabilizar legislação municipal que regre a aplicação de agrotóxicos em nosso município;

-Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Rural Santanense- em parceria com o Conselho de Planejamento da cidade, Prefeitura Municipal e demais entidades interessadas, implementar um Termo de Cooperação Técnica Interinstitucional com as EMBRAPAs Pecuária Sul e Clima Temperado, para a construção de uma metodologia de Zoneamento Ecológico-Econômico, que potencialize a vocação produtiva  e ambiental do município, garantindo a diversificação produtiva e a conservação ambiental;

-Editais do Fundo Municipal do Meio Ambiente de apoio financeiro a projetos ambientais- vencer a barreira burocrática do município para conseguir a publicação do primeiro Edital do FMMA para apoio a projetos ambientais, bem como, trabalhar para que essa forma de acesso público a recursos do Fundo se torne uma prática usual em nosso município.