Grupo de Dança Giro Livre participa de projeto da Lei Aldir Blanc

O Grupo de Dança Inclusiva Giro Livre, parceria entre a Assandef e a Lampert Centro de Danças, que trabalha a inserção social através da dança, participou da gravação de uma videodança e um documentário em curta-metragem na terça e quarta-feira, dias 6 e 7, para o projeto VIDEODANÇA RS, realizado pela produtora MOOV.art, através do Edital de Concurso Produções Culturais – SEDAC-RS nº 09/2020, da Lei nº 14.017/2020, a Lei Aldir Blanc.

As gravações do vídeodança foram realizadas no Parque Internacional e na Praça General Osório, enquanto o documentário foi realizado na sede da Lampert Centro de Danças. Coordenado pela professora e coreógrafa Nereida Corrêa Lampert, o Giro Livre – Dança Inclusiva foi um dos seis escolhidos pelo diretor Fernando Muniz, da MOOV.art, para mostrar coletivos e grupos que trabalham com dança e ativismo social e atuam de forma independente. Também integram o projeto: Cirandeira da Cultura Popular, de Caxias do Sul; Grupo Lado B da Rua, da ONG Parceiros do Bem, de Santo Ângelo; a Royale Escola de Dança e Integração Social, de Santa Maria; o Rua em Cena, de Pelotas; e a FlashBlack Cia de Dança, de Porto Alegre.

Reforçando um dos principais objetivos da Lei de Emergência Cultural, o VIDEODANÇA RS mobilizará, de forma remunerada, cerca de 80 pessoas, entre bailarinos, coreógrafos, costureiras, produtores locais, produtor de trilha sonora e equipe de realização audiovisual. O projeto também prevê cachê de R$ 10 mil para cada formação e contratação de profissionais de produção e figurino em cada região, gerando renda e fortalecendo a economia criativa dos lugares por onde passar.

Todo o material audiovisual e os documentários ganharão visibilidade em diferentes plataformas e mídias de comunicação. As gravações estão sendo feitas em grupos reduzidos, seguindo rigorosos protocolos sanitários devido à Covid 19.

Em Sant’Ana do Livramento, o VIDEODANÇA RS tem o apoio do Verde Plaza Hotel e Green Palace Restaurante. O Grupo Giro Livre desenvolveu uma coreografia chamada “Nossa Fronteira”, que conta com características do Brasil e Uruguai, e a música foi criada para a participação no projeto.

De acordo com Nereida, o grupo atualmente conta com cinco bailarinos cadeirantes e cinco bailarinos andantes e os ensaios foram realizados durante os meses de janeiro e fevereiro, conforme era possível, pelas dificuldades impostas pela pandemia. “É difícil e complicado, como a Prefeita liberou as academias de dança, pudemos estar aqui fazendo esse trabalho, mas nós fizemos as gravações ao ar livre. O Giro Livre o ano passado ficou todo o ano parado por causa da pandemia, porque eles têm uma saúde muito delicada e a gente tinha medo, mas quando apareceram esses projetos da Lei Aldir Blanc a gente não podia perder, porque nunca tivemos apoio financeiro de ninguém. […] Para nós está sendo bem difícil trabalhar por causa da restrição de horários, é difícil reunir o grupo, sábado que é o nosso dia de ensaio as academias estão fechadas, então a gente está se virando em 10 para poder fazer as coisas, mas a gente não deixa de fazer, nada para nós é empecilho”, afirmou.

O diretor, Fernando Muniz, contou que já desejava fazer um projeto contemplando diversos lugares do Estado, mas foi com a pandemia que passou a pensar na quantidade de grupos e pessoas com necessidade, que não podiam fazer o seu trabalho e que enfrentavam dificuldades financeiras. “E aí, ligado com o espírito da própria Lei Aldir Blanc, pensei em tentar chegar em grupos que precisam tanto de apoio em visibilidade, mas também em apoio financeiro, e veio essa ideia de trabalhar com grupos que tem algum tipo de vulnerabilidade, em diversas regiões do Estado”, relatou.

O cronograma do projeto foi readequado, devido à bandeira preta, as gravações devem encerrar ainda em abril e em seguida o processo de edição será iniciado, a previsão é que por volta de 10 de maio seja feito o lançamento.