Humanização do sistema, reforma do albergue e restaurante popular estão entre as metas da secretária Gabriele
A nova secretária de Assistência e Inclusão social é Gabriele dos Santos Fernandes, funcionária pública de carreira há 20 anos, graduada e pós-graduada em Gestão Pública.
Gabriele atuava como professora da rede municipal de ensino e entre 2016 e 2020 coordenou o projeto Alegria e Canção, do qual apenas se afastou para assumir a secretaria. Além da formação em Gestão Pública, a nova secretária conta ainda com cursos de enfrentamento da violência contra criança e do adolescente e vasto conhecimento sobre vulnerabilidade social devido à experiência com o projeto.
Assumir a Secretaria Municipal de Assistência e Inclusão Social significa a humanização do sistema, de acordo com Fernandes. “Eu fui convidada para fazer a transição do governo na secretaria e quando recebi o convite me surpreendi, porque não imaginava que eu seria secretária. É uma responsabilidade muito grande, a vida de muitos usuários nas nossas mãos, temos o Albergue, a Casa do Bem, os CRAS, o Centro de Referência da Mulher. É muita responsabilidade, mas também uma satisfação por saber que o meu serviço junto com a comunidade foi bem visto”, disse.
Apesar de já ter a experiência com o projeto, Gabriele destaca que assumir a secretaria é completamente diferente, pois é um trabalho muito amplo e não é fácil, porque lidam com dinheiro do povo, vinculado a recursos vindos do Governo Federal, que tem que ser bem aplicado, de forma clara e transparente. “Eu tenho a ajuda da adjunta que é a psicóloga Ana Paula Safons e tem um vasto conhecimento e inclusive está fazendo mestrado”, contou.
Os primeiros dias à frente da secretaria foram dias de surpresas, segundo ela, pois surgem obstáculos e o que era prioridade acaba ficando para que outros assuntos pontuais sejam resolvidos. Além disso estão sendo realizadas reuniões para a organização da secretaria.
Neste momento, a principal preocupação é relacionada ao fim do auxílio emergencial, pois com isso aumentará a demanda da secretaria. “O gestor passado deixou o depósito cheio, mas a nossa preocupação é essa, porque vai aumentar a demanda. É muita gente necessitada, cerca de 30% da população (santanense) em extrema pobreza”, afirmou.
A longo prazo a meta é mudar esse número para tirar essas pessoas da extrema pobreza, enquanto nesse momento a principal meta é terminar a reforma do albergue, considerada pela secretária imprescindível neste momento de pandemia, pois são muitos usuários procurando o acolhimento. Outros objetivos para a Secretaria de Assistência e Inclusão Social são seguir com os projetos e programas, fortalecimento de vínculos nos CRAS, continuar com os serviços assistenciais, reabrir o banco de alimentos e também o grande objetivo é o restaurante popular, com o valor de R$2,00.
Cestas básicas
Para receber as cestas básicas é necessário ter o cadastro único, que deve ser feito na secretaria, basta levar os documentos (RG, CPF e comprovante de residência) e então será feita a triagem. As cestas básicas são entregues duas vezes na semana. Na secretaria, são 20 números na segunda e a mesma quantidade na terça-feira; no CRAS Armour é na terça e na quarta, com 15 números cada; e no CRAS Prado na segunda e na quinta-feira, também com 15 números cada. “Não podemos fazer mais do que isso por semana por causa da aglomeração. Sabemos que as pessoas precisam, mas é uma forma de preservarmos a saúde delas”, pontuou Gabriele. A questão das cestas básicas foi motivo de polêmica nesta semana e você confere mais detalhes na página 23 desta edição.
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