Dia Nacional de Combate ao Câncer: Mudança de hábitos reduz riscos
Alimentação saudável, práticas de exercícios regulares e a manutenção do peso saudável são algumas das recomendações para prevenir as doenças oncológicas. “O consumo do cigarro deve ser abolido de uma vez por todas. O câncer de pulmão, causado pelo consumo do tabaco, é a neoplasia mais comum em todo mundo”, alerta o oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal), no Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado no dia 27 de novembro.
Para as mulheres, a orientação inclui ainda exames preventivos do câncer do colo do útero a cada três anos para aquelas que estão entre 25 e 64 anos, além da amamentação, que reduz os riscos de câncer por controlar hormônios que favorecem o surgimento da doença e contribui na eliminação e renovação de células que poderiam apresentar lesões. “A vacina contra o HPV nas meninas de 9 a 14 anos e nos meninos de 11 a 14 anos vai ajudar a reduzir significativamente os riscos”, explica Mello. Segundo ele, a vacina contra a hepatite B também não deve ser esquecida.
“O consumo frequente de bebidas alcoólicas e de alimentos ultraprocessados tem provocado o aumento dos casos de câncer de estômago”, aponta o pesquisador. Por outro lado, ele lembra que o uso de protetor solar está mais comum e tem ajudado na prevenção do câncer de pele.
Tratamento
Os tratamentos de tumores cancerígenos vêm evoluindo nas últimas décadas aliando os métodos tradicionais – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia – e as terapias genéticas, que atuam nas mutações dos genes das células defeituosas para eliminá-las.
Entre os novos procedimentos, as terapias-alvo atuam diretamente nas moléculas essenciais para o funcionamento das células cancerígenas, freando a sua expansão. “Um outro método de tratamento é a imunoterapia, que vai estimular as próprias células de defesa contra o câncer. Cada paciente é um caso e a decisão cabe aos profissionais que acompanham o paciente”, explica o professor da Unifesp.
Um outro novo método de tratamento utiliza as células CAR-T, que são modificadas geneticamente em laboratório dos linfócitos T, estimulando o desenvolvimento que vai reconhecer as células tumorais e são reintroduzidas no paciente.
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