Urologista ressalta importância do Mês de Combate ao Câncer de Próstata

O Mês de Combate ao Câncer de Próstata tem como objetivo alertar a população masculina de que esta doença, quando diagnosticada precocemente, tem alta probabilidade de cura.

De acordo com o médico urologista cooperativado da Unimed Região da Fronteira, Dr. Monir Bruno Suleiman, os sintomas do câncer de próstata surgem após cerca de 8 anos de evolução, quando está em fase avançada, e por isso a campanha é tão importante, para conscientizar de que se for realizado o diagnóstico precoce, antes da doença se espalhar, a chance de cura é alta, beirando 80%.

A recomendação é que os homens com faixa etária entre 45 e 50 anos procurem um médico urologista anualmente. Em casos específicos, em que o pai ou irmão da pessoa tenham câncer de próstata comprovado, é necessário que o homem inicie a avaliação a partir dos 40 anos de idade.

Normalmente, segundo o urologista, os sintomas comuns são o crescimento da próstata, causando dificuldade para urinar, ardência, sensação de bexiga cheia e, em casos mais graves, perda de urina. Mas é ressaltado o alerta de que não se deve esperar ter sintomas para procurar um médico.

O diagnóstico do câncer de próstata é feito através de exames clínicos/laboratoriais e exame físico. “Na parte do exame físico é feito o exame de toque retal e na parte de exame laboratorial o diagnóstico é feito pela dosagem de uma enzima chamada antígeno prostático específico, é um exame de sangue. Quando esse exame está alterado, é feita a investigação, através de exames de imagem, sendo que o mais específico é a ressonância magnética. Se há suspeita de câncer, é feita uma biópsia da próstata para diagnóstico”, relatou o Dr. Monir.

Conforme o médico, há a comprovação de que a grande maioria dos homens irá ter câncer de próstata em alguma época da vida, porém esta é uma doença mais comum após os 60 anos. Contudo, se destaca ainda mais a importância do diagnóstico precoce, pois as doenças mais agressivas e difíceis de tratar são em pacientes mais jovens.

O câncer de próstata não tem uma forma específica de prevenção, porém algumas atitudes ajudam a prevenir, como melhora na qualidade de vida, tendo uma boa alimentação, consumir frutas vermelhas, praticar atividade física e não fumar ou beber.

Existem diversos tratamentos disponíveis para a doença, dependendo do seu estágio. Em fase inicial, o melhor tratamento é a cirurgia (prostatovesiculectomia radical ou prostatectomia radical) que é muito efetiva e tem alto índice de cura. “A radioterapia também tem uma efetividade muito boa na doença localizada, existem agora radioterapias mais modernas com chance grande de cura também. Doenças avançadas, quando já saiu da próstata, não têm mais possibilidade de cura, mas tem tratamento. Existe o bloqueio hormonal, que controla e dá uma sobrevida muito grande para o paciente. Sempre tem possibilidade de acompanhar e ajudar o paciente. Se descobrir cedo tem a possibilidade de cirurgia e radioterapia, se descobrir tardio tem a opção da hormonioterapia, imunoterapia e inclusive a radioterapia para metástases específicas”, contou.

Conforme o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, entre 2014 e 2018, no Estado, a cada 100 mil homens, foram registrados 20,17 óbitos por câncer de próstata.

Neste ano, o Ministério da Saúde recomenda que a data também seja destinada à conscientização dos riscos ao câncer de pênis, que representa 2,1% de todas as neoplasias masculinas no Brasil. E ainda aos riscos do câncer de boca que, conforme o Ministério, nos homens é mais comum acima dos 40 anos.

O dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.