História – 17/10/2020
A IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO SUL
Olhando algumas fotos da minha neta que morou em Estância Velha, ao lado de Novo Hamburgo, lembrei da colonização alemã no Vale Dos Sinos. Conheci Campo Bom, Novo Hamburgo, Ivoti, Dois Irmãos, São Leopoldo e, fiquei admirado pelo progresso daquelas cidades. Observei detidamente seus costumes, hábitos e modos de vida. Notei, que apresar do progresso eles não abandonaram os costumes, tradições, canções e lendas de seus ancestrais mantidas de geração em geração. E o caso do idioma, tanto assim, que é ensinado o alemão nas turmas escolares para que continue a ser perpetuado pelos descendentes do povo germânico. Eles vieram para o Brasil com força e muita vontade de vencer na nova terra. A imigração alemã começou no Sudoeste da Alemanha, onde as dificuldades econômicas haviam sido agravadas pelas consequências das longas guerras napoleônicas. Com todos os problemas de uma terra quase arrasada pelas guerras, como desajustes sociais, perseguições políticas e religiosas, do serviço militar obrigatório e tributos altíssimos o imigrante alemão optou por buscar um novo e melhor modo de vida. Em 1824, imigrantes do Ducado de Hoistein, que viajavam a bordo do “Anna Louise” desciam o Rio dos Sinos, onde era a colônia alemã de São Leopoldo, no dia 25 de julho. No Porto das Telhas são recebidos pelo feitor De Lima, em nome do governador, e alojados na Real Feitoria. A partir deste momento a história rio-grandense toma outro rumo e a etnia do povo passa a ter um colorido mais bonito, com a mistura dos olhos azuis e cabelos louros, aos bugres e portugueses já instalados. O trabalho começa, o primeiro núcleo colonial europeu é edificado com muito suor e trabalho. A Província de São Pedro que era puramente pastoril começa a transformar-se, surgem lavouras, oficinas são construídas, criam-se escolas e novos caminhos são abertos para o escoamento da produção. A afluência de alemães começou a ficar mais forte; de 1824 a 1870, vieram para o nosso Estado cerca de 25.000. O Rio Grande do Sul foi marcado, com a vinda dos alemães, por um salto econômico e cultural, onde o sistema da pequena propriedade rural, explorada pela própria família, foi um dos seus pontos importantes. A imigração, também, contribuiu na sólida implantação da estrutura comercial e industrial do Estado. Mas, depois que a crise da Alemanha havia passado, a imigração continuou, não se tratava mais do agricultor em desespero, vinha médicos, intelectuais, artesões e mestre. Com tenacidade e disciplina eles construíram cidades, introduziram costumes e desenvolveram riquezas, formando toda uma cultura, hoje incorporada ao Rio Grande do Sul.
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