Diálogo – 05/09/2020

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Nossa independência

Tudo começou com D. Maria I, D. João VI que se tornou soberano com plenos poderes. A aclamação foi no Rio de Janeiro e foi motivo de protestos dos portugueses que viviam em Portugal, pois desde 1811, as tropas francesas haviam se retirado de Portugal. Napoleão Bonaparte já tinha sido derrotado na Batalha do Waterloo o clima de guerra na Europa não existia mais. Portanto, não fazia mais nenhum sentido a corte portuguesa continuar no Brasil. Em agosto de 1820, na cidade do Porto, os militares pronunciaram-se publicamente contra a ausência do rei e sua Corte em Portugal. A economia de Portugal estava arruinada. Teve que combater a França, e mais, teve sua maior fonte de renda comercial dividida. O Brasil deixou de ser um grande comprador dos produtos portugueses, pois D. João VI abriu os portos brasileiros para “nações amigas”. Assumindo o governo, revoltosos convocaram as eleições para o parlamento, que por sua vez, faria uma nova Constituição para acabar com o Absolutismo Monárquico. Enfim, os ideais de liberdade chegaram a Portugal.

Então, para exercer a hegemonia política nesse vasto Império veio a ideia dos deputados portugueses de controlar o poder real por meio de uma Monarquia Constitucional e dessa forma, teriam o controle das áreas dominadas e das riquezas brasileiras. Por esse motivo, não poderiam proclamar a República em Portugal, exigindo o retorno de D. João VI a Portugal. Mas a elite colonial não tinha união. Só havia acordo em dois pontos: manter-se na condição de “Reino Unido” (muitos temiam que com a volta de D. João VI a Portugal, o Brasil voltasse a condição de colônia) e conter as revoltas populares, que comprometiam sua boa condição socioeconômica. D. João VI arrumou suas malas e voltou para sua terra natal. Deixou o governo do Brasil nas mãos de seu filho D. Pedro I, o príncipe regente, dizendo-lhe na hora de partir: “Se o Brasil se separar de Portugal, antes seja para ti que para qualquer um desses aventureiros.”

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico.”

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Na viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados, pois acreditavam numa desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole. D. Pedro em viagem, informado próximo ao riacho do Ipiranga em 07 de setembro, levanta a espada ao alto e grita: ” Independência ou Morte!”. E em dezembro de 1922 D. Pedro I foi declarado imperador do Brasil, numa monarquia de 57 anos com o herdeiro D. Pedro II.

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