Após surto de “mão-pé-boca” em escolinha infantil, crianças estão recuperadas

Vigilância Epidemiológica diz que este foi o primeiro surto da doença até o momento
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A notícia de um surto do vírus “mão-pé-boca” em uma escolinha infantil de Livramento deixou pais, comunidade e equipes da Vigilância Epidemiológica em alerta, fazendo com que a sala fosse fechada para desinfecção do ambiente. Seis crianças menores de cinco anos foram encaminhadas para atendimento médico, estando todas recuperadas e sob atenção dos pais.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Sandra Paiva, as primeiras medidas adotadas assim que souberam do surto foram notificar a 10ª Coordenadoria Regional de Saúde, orientar a escola nas medidas preventivas, afastar as crianças do ambiente escolar e orientar a procurar um médico.

“A doença mão-pé-boca não é uma doença de notificação compulsória, somente quando surto. Estamos em outubro e este foi o primeiro caso de surto registrado”, esclareceu.

Sobre as orientações repassadas aos profissionais sobre a doença, Sandra Paiva contou que foi realizada uma capacitação com todos os diretores de escolas infantis, a qual teve como foco principal o surto de mão-pé-boca e as doenças diarreicas agudas.

“As crianças estão todas recuperadas e nenhuma precisou de internação hospitalar. Elas foram ao médico e cumpriram as recomendações prescritas, possibilitando suas prontas recuperações”, finalizou.

 

Síndrome mão-pé-boca

É uma infecção viral contagiosa, causada por Enterovírus (Coxsackie A), que acomete principalmente crianças menores de 5 anos, mais frequentemente dos 6 meses aos 3 anos) e que se caracteriza por lesões na cavidade oral e erupções nas mãos e pés.

 

Sintomas

Os sintomas costumam surgir após um período de incubação de 3 a 6 dias, sendo inicialmente febre, mal estar e perda de apetite.

Um dia após, começam a surgir as lesões na boca como pontos avermelhados, pequenas bolhas ou úlceras dolorosas na língua, no palato e nas partes internas dos lábios e bochechas. Um ou dois dias após o surgimento das lesões da boca, começam também a aparecer as lesões nas palmas das mãos e na planta dos pés (pequenas bolhas, com um halo avermelhado ao seu redor). Também pode haver lesões em nádegas, coxas, braços, tronco e face. É importante destacar que nem todas as pessoas infectadas desenvolvem o quadro clínico completo da doença, podendo ocorrer apenas lesões na boca e palma das mãos. Na maioria dos casos, a doença evolui de forma benigna, com cura espontânea após 7 a 10 dias, sendo pouco frequentes as complicações. O maior problema costuma ser a alimentação, com dificuldade de aceitação de alimentos e líquidos. Como para a maioria das infecções virais, não existe um tratamento específico, sendo recomendados medicamentos sintomáticos (antitérmicos, analgésicos, etc), repouso e alimentos leves, frios e pouco condimentados. Até o desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após seu início), os doentes devem ficar afastados da escola ou do trabalho.

 

Transmissão

A transmissão do vírus ocorre através do contato direto com secreções das vias respiratórias (como a saliva, por exemplo), secreções das lesões das mãos e dos pés, ou fezes das pessoas infectadas, ou ainda através de contato com brinquedos ou objetos contaminados por estas secreções.

 

Diagnóstico

O diagnóstico costuma ser clínico, sem necessidade de exames laboratoriais na maioria das vezes. Apesar da pessoa infectada poder permanecer eliminando o vírus nas fezes após já terem desaparecido as lesões da boca, mãos e pés, o maior risco de contágio ocorre durante a primeira semana de doença.

 

Medidas preventivas

– Lavas bem as mãos;

– Usar álcool em gel;

– Não compartilhar talheres, copos, chupetas e mamadeiras;

– Higienizar brinquedos;

– Manter o ambiente arejado;

– Limpar as superfícies contaminadas com sabão e água, seguido de uma solução de água sanitária diluída contendo cloro. Misturar aproximadamente ¼ xícara de alvejante com um galão de água.

 

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