Livramento zera casos suspeitos da varíola dos macacos
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Livramento, Sandra Paiva, informou à reportagem do Correio do Pampa, nesta quinta-feira (18), que o Município não possui mais nenhum caso suspeito de contágio pela Monkeypox (varíola dos macacos). A informação traz um alívio na comunidade, já que nos últimos dias haviam algumas pessoas com suspeita de ter contraído a doença, o que, após exames, foi descartado.
Mesmo zerando os casos suspeitos, a Vigilância Epidemiológica segue atenta ao avanço da doença, divulgando orientações à população quanto aos cuidados necessários para evitar o contágio e monitorando possíveis contaminações.
Monkeypox no RS
O Estado vem fortalecendo as testagens e o mapeamento da doença, sendo que para isso, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, a partir do Laboratório Central de Saúde Pública e do Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vem sendo a referência para exames de Monkeypox, com capacidade de até 500 testes por dia. Para qualificar o mapeamento da doença, o Estado também investe na vigilância genômica, mapeando a evolução e as mutações do vírus. Como já tem capacidade técnica instalada, a implantação da testagem partiu do interesse da própria equipe da Secretaria da Saúde (SES) em fornecer um resultado de qualidade para a população.
Secretaria da Saúde confirma transmissão comunitária no Estado
A transmissão comunitária da Monkeypox no Rio Grande do Sul foi confirmada nesta quinta-feira (18), pela Secretaria da Saúde (SES). Essa situação ocorre quando não é possível identificar a origem da infecção. Porto Alegre havia declarado este tipo de transmissão da doença no dia 12 de agosto, medida já adotada por outros municípios. Em 22 dos casos confirmados no Estado, até o momento, em diferentes municípios, a notificação não relata histórico de viagem ou contato com caso confirmado. Embora em alguns desses a investigação epidemiológica ainda esteja em andamento, a transmissão comunitária no território do Estado já pode ser definida como existente. Atualmente o Estado tem 54 casos confirmados e 255 casos em investigação.
A doença
Segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, o Brasil registra 2,8 mil casos confirmados em 22 estados. Neste ano, é a primeira vez que a transmissão acontece em vários continentes, sem vínculo com viagens à África, região considerada endêmica, onde o vírus já circula há algumas décadas. O diagnóstico para o Monkeypox é feito por um teste do tipo PCR seguido de sequenciamento viral. O quadro clínico do atual surto é caracterizado por sintomas de erupções cutâneas localizadas, por vezes em apenas uma parte do corpo. O contágio acontece pelo contato direto com as lesões da pele ou com objetos contaminados. A transmissão também pode ocorrer por gotículas respiratórias em contatos próximos.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a 21. Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades. Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente). Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.
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