Clodomiro Gonçalves recebe homenagem pelos 56 anos de história no rádio santanense
O radialista santanense Clodomiro Gonçalves recebeu nesta sexta-feira (24), uma medalha de reconhecimento da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, pelos seus mais de 55 anos no rádio. A medalha da 55ª Legislatura da Assembleia Legislativa do RS, de proposição do deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT), foi entregue em solenidade realizada no Plenário João Goulart, da Câmara Municipal de Vereadores. Desde junho de 1966, Clodomiro Gonçalves trabalha na Rádio Cultura, tendo iniciado como colaborador na área de esporte e notícias e após passando para redator. O radialista teve sua carteira assinada em 1968 após contratos de estágio, quando começou a apresentar programas. Há 55 anos trabalhando como radialista, Clodomiro contou os momentos marcantes de sua jornada, confira.’
Coberturas marcantes
O radialista afirmou que nesses 55 anos foram várias histórias que considera marcantes em sua vida, sendo que uma delas é ter estado presente na última Expointer, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, onde no ano seguinte passou a ser realizado no Parque Assis Brasil em Esteio. Clodomiro foi o repórter da Expointer para a rádio Cultura de Livramento por 12 anos seguidos.
Ele esteve presente também nas exposições no Parque da Rural, em 1967 foi a primeira cobertura de exposições-feira em Sant’Ana do Livramento. Além de exposições, Gonçalves cobriu visitas de autoridades e presidentes. “Teve uma cobertura muito importante, que eu acho que foi a mais importante de todas que fizemos, que foi quando o General Ernesto Geisel, quando era Presidente da República, veio aqui em Livramento assinar um termo de cooperação e protocolo de intenções com o presidente do Uruguai, e nós naquela época pela Rádio Cultura fizemos uma série de transmissões, foi uma das maiores transmissões que eu realizei”, comentou.
Ditadura
Sobre a época da ditadura, quando entrou na rádio, Clodomiro relembrou da censura e necessidade de levar textos e gravações para a Polícia Federal ler e autorizar antes da publicação. “A única notícia que a gente podia publicar era quando, por exemplo, tu escutavas um informativo e divulgava, porque já era uma notícia filtrada, mas notícia daqui tinha que redigir todas, eu chegava a redigir oito páginas por dia para levar para carimbarem, por que se não autorizassem não podia publicar. Qualquer entrevista que fosse fazer tinha que comunicar e levar a gravação para escutarem. O nosso trabalho era árduo, eu cansei de fazer entrevistas e não poder passar”, relatou.
Apesar disso ele contou que em Livramento não tinha muito conflito e na maioria das vezes não tinha problema com suas matérias.
Eleições
Clodomiro participou da cobertura de todas as eleições desde que começou a trabalhar na rádio, apesar de que no início a frequência era menor, por estar em regime militar. “Não era uma eleição como hoje, que movimenta mais, antes era de quatro em quatro anos, depois que ficou de dois em dois anos. Eram três dias de apuração no Clube Caixeiral, urna por urna, voto por voto. Aquilo prendia a atenção”, relembrou.
De acordo com o radialista, muitos dos pleitos foram memoráveis e todas as histórias têm emoções e peculiaridades diferentes. “Tivemos fatos pitorescos, naquela época os partidos faziam comícios em locais determinados e os adversários iam apedrejar e vaiar”, contou.
Na sua visão hoje há um descontentamento com a política, muitas mudanças na legislação e uma quantidade excessiva de pré-candidatos para as eleições deste ano no município. “Eu vejo que nessa eleição além da forma atípica e com a campanha curta, os maiores desafios dos candidatos são dois: Convencer o acima de 70 anos e o jovem que já tem título, mas menor de 18 anos, a votar”, ressaltou.
Como dica para a escolha do candidato, ele destacou que a comunidade preste atenção se o candidato tem um plano para a realização de suas propostas, e para os candidatos, que busquem ir até o eleitor.
Esporte
Na área esportiva, ele guarda boas memórias, como ter realizado as primeiras transmissões nos estádios Olímpico e Beira-Rio para a Rádio Cultura, inaugurações como o ginásio em Caxias do Sul e a sede do Sesc em Porto Alegre. “A minha trajetória na rádio é muito boa e isso me enche de satisfação, inclusive esses dias eu estava lembrando das inaugurações que estive”, afirmou.
Somente duas vezes, para a transmissão de dois jogos a pedido de um amigo, que o radialista atuou em outra rádio.
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