Diálogo

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Dia da artilharia na 2ª Bateria Antiaérea

No dia 10 de junho, data de nascimento do Marechal Emílio Luís Mallet, o Exército Brasileiro comemorou o Dia da Arma de Artilharia. Estive lá e lembrei do antigo 8º Grupo de Artilharia de então, quando filhos de militares como eu invadiam os quarteis em datas comemorativas. Por volta dos 10 anos muito alcancei a descalçadeira de botas, lustradas por mim, ao meu pai, adorava os jogos de xadrez no cassino dos sargentos, onde ali aprendi com eles a arte do jogo e que muitas vezes era interrompido meu aprendizado pelo toque do clarim para a formatura geral.

A construção da caserna atual da 2ª Bateria de Artilharia Antiaérea teve início em setembro de 1911. Foi inaugurado em 16 de abril de 1914, servindo de sede para o 10º Regimento de Cavalaria até 23 de fevereiro de 1915, quando este foi extinto.

Em 22 de abril de 1915, instalou-se neste aquartelamento o 15º Regimento de Cavalaria,

procedente da cidade de Dom Pedrito-RS. Em 11 de novembro de 1919, o 15º Regimento de

Cavalaria passou a denominar-se 7º Regimento de Cavalaria, que permaneceu neste aquartelamento até 11 de novembro de 1926, quando se transferiu para o Cerro do Depósito, nesta mesma cidade. Em 28 de agosto de 1926, instalou-se no aquartelamento o 8º Grupo de Artilharia a Cavalo, procedente de Uruguaiana-RS, permanecendo até 10 de agosto de 1973, quando então já transformado em 28º Grupo de Artilharia de Campanha, foi transferido para a cidade de São Francisco do Sul-SC. Então é dada ordem à 2ª Bateria de Artilharia Antiaérea, organização criada recentemente a ocupar a partir de 1º de janeiro de 1975, o atual quartel até os dias atuais.

A Artilharia é conhecida pela precisão de seus tiros a grandes distâncias, capazes de preparar o terreno, fustigar o inimigo e causar o desequilíbrio da guerra. Os cálculos meticulosos e a destreza dos jovens soldados garantem a letalidade dos efeitos de suas granadas, projéteis e mísseis, tornando o apoio de fogo indispensável nos combates. A história brasileira e a mística da Artilharia estão intimamente ligadas nas glórias de outrora. É no passado que seu patrono, Emílio Luiz Mallet, ajudou a consolidar e construir, com coragem e determinação, a paz de que hoje dispomos. Cedo, Mallet rendeu-se à causa da Independência e ao amor pela carreira das armas. No ano de 1822, assentou praça na Academia Real Militar. Promovido ao posto de 2º Tenente, participou de diversas campanhas militares, até que, com a abdicação de D. Pedro I associada ao fato de não ser brasileiro nato, era francês, foi obrigado a deixar as fileiras do Exército. Por seus méritos, porém, foi readmitido 20 anos mais tarde no posto de capitão, ocasião na qual pôde participar das campanhas contra Oribe e Rosas.

Artilheiros do Brasil, que os valores e as tradições dos legados do espírito militar reflitam-se na rapidez e precisão da arma dos fogos largos, densos e profundos, constituindo-se em modelo para as novas gerações. Parabéns comandante Alan Pereira e todos os artilheiros, pois é com o fogo que se ganham as batalhas!

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