Desemprego cai para 10,5% em abril, mas ainda atinge 11,3 milhões no Brasil, diz IBGE

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A taxa de desemprego no Brasil fechou o trimestre encerrado em abril de 2022 em 10,5%, o menor percentual para o período desde 2015, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O valor, que representa uma estabilidade em relação ao apurado nos três meses anteriores (11,1%), equivale a 11,3 milhões de profissionais fora da força de trabalho, recuo de 5,8% frente ao trimestre anterior, o que representa 699 mil pessoas a menos no grupo.

No ano, a queda da taxa de desocupação foi de 4,3 pontos percentuais, apontam os números da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Para Adriana Beringuy, coordenadora responsável pelo estudo, o resultado confirma a tendência já verificada nos últimos meses. “Estamos diante da manutenção do processo de retração da taxa de desocupação, que vem ocorrendo desde o trimestre encerrado em julho de 2021, em função, principalmente, do avanço da população ocupada nos últimos trimestres”, explica ela.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 35,2 milhões de pessoas, número 2% (690 mil pessoas) maior na comparação com os três meses anteriores e 11,6% (acréscimo de 3,7 milhões de pessoas) na comparação anual. “Nesse trimestre, mantem-se a trajetória de recuperação do emprego com carteira, com diversas atividades registrando expansão, principalmente no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e em Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, avalia Adriana.

O cenário coloca o contingente de trabalhadores formais no maior nível desde o trimestre encerrado em abril de 2016. É a quarta expansão significativa consecutiva tanto no trimestre quanto no ano.

Todas as demais posições na ocupação, como trabalhadores sem carteira no setor privado, conta-própria e empregador, dentre outras, mantiveram estabilidade. Assim, a taxa de informalidade caiu de 40,4%, no trimestre anterior, para 40,1% da população ocupada, totalizando 38,7 milhões de trabalhadores informais.

No período, os aumentos da ocupação ocorreram nos grupamentos de transporte, armazenagem e correio, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais e outros serviços. Nos demais setores, as taxas de desemprego ficaram estáveis.

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