Altiva missão do 7º RC Mec
Começar o trabalho para escrever a história de uma região, sempre passa pelas demarcações pelos militares, e nesse sentido o 7º RC Mec sempre esteve presente, principalmente através da comissão de limites. Dia 09 de fevereiro um comboio com nossos guerreiros naquela bela filosofia que sempre nos enternece, a de ‘de braço forte mão amiga’, estiveram em ação social para hastear a bandeira nacional na localidade de vila Thomaz Albornoz, área contestada pelo Uruguay. Com a presença lá, deram o recado da soberania sobre um tratado de limites contestado equivocadamente nos mapas.
Em 1934, uma questão foi suscitada pelo Uruguay a respeito da demarcação de um pequeno trecho de seus limites com o Brasil na região denominada Rincão do Artigas onde se instalou a Vila Thomas Albornoz, questão também levantada em 1937 em torno da demarcação da Ilha Brasileira, localizada na boca do Rio Quarai no Rio Uruguai, o que motivou em 1974 um decreto do governo uruguaio determinando que os mapas oficiais passassem a assinalar as áreas como “limites contestados”. Todas as respostas estão muito bem documentadas no livro Fronteira Iluminada do embaixador Fernando Cacciotore e no meu livro 1823 sobre nossa história, pois que ali toda a historiografia contestada confunde fronteira e limites. Os técnicos uruguaios estariam confundindo delimitação com reconhecimento e demarcação. O trecho em questão ficou precisando de demarcação, mas já estava delimitado pelos tratados de 1850 e pelo trabalho da comissão de limites, onde existiam também tratados entre Brasil e Argentina e entre Argentina e Uruguay apreciando a questão.
A última nota uruguaia sobre o Rincão de Artigas foi respondida pela nota do Brasil nº. 272 de 4 de dezembro de 1989, repetindo praticamente as mesmas contestações referentes aos mesmos argumentos do Uruguay. Nesta nota o Brasil acusa o recebimento da nota uruguaia: “… sem acrescentar novos dados” e diz ter “sempre manifestado ao Ministério das Relações Exteriores uruguaio o que é uma posição oficial e permanente do Governo Brasileiro”. Desde então não houve nova troca de notas entre os dois governos sobre este assunto.
Então, é de relevância importante estamos sempre presente ali, pois em tempos de contestações globais sobre acordos antigos, nuca é descartável uma ação diplomática contundente por abandono de área, principalmente contestada. Afinal ali existem propriedades de santanenses que precisam da vigilância de quem é responsável pela integração nacional: o Exército dos brasileiros. Parabéns comandante Rafael Braga.
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