Santanenses avaliam atendimento nos postos de saúde

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A comunidade santanense vem tecendo críticas nada positivas com relação ao atendimento fornecido nos postos de saúde do Município, principalmente no que diz respeito aos horários e a organização das equipes. Apesar de uma parcela estar insatisfeita com o atendimento, muitas pessoas dizem não ter o que reclamar quando precisam recorrer às Unidades de Saúde.

Para saber a opinião da comunidade sobre o assunto, a reportagem do Correio do Pampa foi às ruas conversar com os cidadãos, ouvindo os mesmos também pelas redes sociais do jornal.

Silvia Elena

Posto da Daltro

“Sempre fui bem atendida nos postos, o pessoal é muito querido. Grata”.

Silvia Guedes

PAM

“Os postos de saúde são bem frágeis e desorganizados no ponto de vista que a gente está em uma pandemia e de podermos ter um atendimento mais de qualidade. Por exemplo, eu fui me vacinar há duas semanas e havia filas com as crianças esperando para tomar a dose de reforço junto com os adultos, misturado com as pessoas que iriam fazer a testagem. Então é uma coisa um pouco desorganizada e as informações desconexas, além disto as pessoas também ficam receosas de perguntar, de se informar acaba ficando meio que a mercê do local, que é uma coisa que não deveria ser, já que é uma unidade básica. Não vejo culpado, acho que o pessoal da saúde também tenta fazer o máximo que conseguem com aquilo que o governo tem a oferecer, mas é precário”.

Luci Santos

Posto Divisa

“Eu gosto do atendimento do posto da Divisa, as funcionárias são bem simpáticas com os pacientes”.

Lucimar da Rosa

Posto da Simon Bolívar

“Aqui na cidade está faltando tudo, atendimento nem se fala, porque quando as pessoas precisam mesmo, está sempre cheio o posto, ou nunca tem médico ou não tem remédio. O pessoal tem que dar mais atenção para o povo brasileiro, porque as pessoas precisam mesmo, acredito que para melhorar tinha que ter em primeiro lugar médicos, em segundo a melhoria dos postos,  já que as vezes a população acaba tendo que sair de Livramento para ir para outra cidade para receber atendimento, porque não tem aqui. Moro na Simon Bolívar e o posto que vou aos poucos está melhorando, não totalmente, mas está indo para frente”.

Derli Alencar

Posto do Prado

“Eu não vou muito nos postos de saúde, porque graças a deus eu tenho bastante saúde, mas eu acho que é um bom atendimento, porque as gurias que trabalham nos postos tentam te atender bem, claro que não são em todos os postos. Um dia eu fui em um posto de saúde para tomar a vacina do covid-19 e era a terceira dose, quando cheguei no local dei bom dia e ninguém me respondeu, então falei que queria tomar a vacina e ela me mandou eu passar em uma sala, perguntei para o rapaz que me deu a vacina até que horas era realizada a vacinação, porque meu marido iria chegar mais tarde para tomar, e ele me disse que seria até as 15h. Quando chegou 14h meu marido foi no posto para tomar a vacina da gripe e falaram que não davam de tarde, após isto levei o meu marido em outro posto e o rapaz foi muito educado e disse que não tinha a vacina, porque havia terminado, mas que no outro dia iriam ter. No outro dia ele foi no posto e tomou a vacina tranquilo, então varia de cada posto, além disto outro dia o meu marido precisou de atendimento médico e foi muito bem atendido graças a deus , então não tenho queixa”.

Sueli Alves

Posto do Prado

“Muitas vezes para pegar número a pessoa tem que ir às 5h da manhã no posto, eu acho isso um absurdo, poderiam melhorar na marcação de números, além de ter mais pessoas para realizar o atendimento”.

Atendimentos nos postos de saúde possuem duas rotinas devido ao covid-19

O secretário de Saúde Paulo Henrique explicou como está sendo realizado o atendimento nos postos de saúde e como está a procura por atendimentos médicos.

CPAMPA: Como avalia o atendimento nos postos de saúde?

Paulo Henrique: “Alguns locais a gente sabe que a demanda é muito grande, mas não estamos com falta de profissionais, porém as pessoas tem que entender que agora é um período de férias, então os profissionais acabaram se afastando, já que eles  estão a muito tempo sem descanso, devido a pandemia. A gente sempre estuda a população dos bairros para saber quais são as maiores demandas, quais são as maiores procuras, mas é necessário que compreendam que existem casos com prioridade na frente. Eu acredito que hoje em dia a gente tem situações muito boas, já que temos as salas de vacina tendo como maior procura a do covid-19”.

CPAMPA: Como foi dividido o atendimento nos postos de saúde?

Paulo Henrique: “Nós centralizamos alguns postos e agora eles estão com duas rotinas, devido ao protocolo, tendo o atendimento do covid-19 e atendimento do médico pela parte da manhã e à tarde são realizadas as consultas normais. A gente fez essa separação, porque acreditamos que tenha um aumento da covid depois do carnaval, então vamos estruturar desta forma, o que pedimos é um pouco de paciência, porque com a demanda da covid alguns postos fecharam, já que temos alguns profissionais que estão positivos e isto não foi só exclusivo de Livramento, isso ocorreu também em outras cidades. É bom relembrar que não ficamos sem testes, já que somos uma das únicas cidades da região que sempre teve testes contra o covid-19”.

CPAMPA: Como a Secretaria vem trabalhando com as reclamações em relação ao atendimento médico?

Paulo Henrique: “Todas as reclamações que chegam tratamos com a coordenadora do posto, por isso que todos os postos e as ESF tem um dia para conversar e saber onde estão errando, quais são as maiores demandas, como vai ser feito o atendimento, o que pode ser priorizado ou melhorado. Porém nos últimos dias tivemos problemas seríssimos, que foram as trocas dos postes de luz, o que fez com que ficássemos sem internet e sem telefone, além disto dependemos também de outras empresas que possam retornar os serviços, o que acaba saindo um pouco do nosso controle. As vacinas estavam nos postos e chegávamos lá e avisavam que não tinham luz, então tínhamos que pegar as vacinas e colocar em outro local rapidamente, isto foi algo que aconteceu entre janeiro e fevereiro, acredito que todos tenham notado, porque devem ter ficaram sem luz em casa”.

 CPAMPA: Como foi a organização para as crianças poderem se vacinar em outros postos?

Paulo Henrique: “Inicialmente o plano Federal, Estadual e Municipal pedia que existisse uma sala exclusiva, com funcionários exclusivos e local próximo a um centro que a criança pudesse ser atendida rapidamente, então a gente sempre seguiu isso, a partir de fevereiro o estado começou a notar que a procura estava muito pouca, já que havia só um local para realizar a vacinação, o que não foi o caso de Livramento, porque a nossa procura sempre foi boa. Mas como a maioria das cidades estavam enfrentando este problema, o Estado chegou à conclusão que poderia decentralizar a vacinação, então como a aplicação das doses tem que ser exclusiva, ampliamos o atendimento para um horário onde não tem nenhum outro tipo vacinação. Falávamos muito sobre a cidade ser muito grande e o local que eram realizadas as vacinações é muito central, então os pais gastavam com passagem de ônibus ou não podiam ir no horário que o PAM estava aberto, apesar de fazermos mega vacinação. Então colocamos as demandas nos postos, abrimos em um horário separado, onde tem a vacinação exclusiva e equipe exclusiva, tendo uma procura muito boa, além disto não tivemos nenhum problema em Sant’Ana do Livramento, ninguém com efeitos adversos ou com febre”.

 

 

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