Percepções

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*Vida difícil

 A morte de Elza Soares foi uma grande surpresa para música mundial, ainda mais para a brasileira. Mas Elza deixa um legado eterno de musicalidade de resistência. Com sua voz rouca de estilo inconfundível, Elza eternizou diversas canções. Samba, jazz e mais recentemente o pop foram alguns do gêneros que a artista interpretou durante os quase 70 anos de carreira.

Em 1999, foi eleita pela Rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milênio. A escolha teve origem no projeto The Millennium Concerts, da rádio inglesa, criado para comemorar a chegada do ano 2000. Além disso, Soares aparece na lista das 100 maiores vozes da música brasileira elaborada pela revista Rolling Stone Brasil.

Filha de uma lavadeira e de um operário, ela foi criada na favela de Água Santa, subúrbio de Engenho de Dentro. Elza cantava, desde criança, com a voz rouca e o ritmo sincopado dos sambistas de morro. Casou-se obrigada aos 12 anos, virou mãe aos 13 e viúva aos 21. Foi lavadeira e operária numa fábrica de sabão.

A vida não foi fácil com a cantora que carregava lata d’água na cabeça desde a infância. Ela perdeu quatro filhos: dois foram os primeiros filhos de Elza em gestações que aconteceram quando ainda era adolescente. Eles morreram recém-nascidos. Garrinchinha, único filho que a cantora teve com o jogador, morreu aos 9 anos em um acidente de carro em 1986, e Gilson faleceu aos 59 anos, em 2015, por complicações de uma infecção urinária.

*Isolamento

Quando realizei o teste e deu positivo, não restou outra alternativa que não fosse o confinamento. As três vacinas não foram suficientes, mas fundamentais para que os efeitos fossem amenizados. O difícil é o isolamento. Aproveitei para colocar as leituras em dia e estudar o Direito, com todas as suas complexidades. Momento de repensar as circunstâncias de minha vida e projetar o que posso realizar no ano que inicia. Ninguém sabe o que vem pela frente, porém fundamental entender as mudanças impostas pelo Covid. Nunca mais seremos os mesmos. Feliz de quem aprende com as dificuldades. É preciso maior leveza diante da constatação diária de como a vida é efêmera.

No isolamento a gente pode se reinventar, reforçar convicções, tem tempo de responder algumas indagações, e, principalmente, escutar a voz da razão.

Vida que segue.

*Micro açudes

Os gestores municipais interessados na escavação de micro açudes e perfuração de poços artesianos em suas localidades podem se candidatar por meio de ofícios que devem ser remetidos até segunda-feira (24/1) para a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Os pedidos precisam ser enviados para o e-mail avancar@agricultura.rs.gov.br. A proposta é que sejam escavados, num primeiro momento, dez micro açudes por município, em média. Ao todo, 6 mil micro açudes estão previstos no Avançar.

*Colunista

Juremir Machado não é mais colunista do Correio do Povo e quem perde são seus leitores. Trata-se de um profissional cuja inteligência transborda seus textos e penetra no íntimo de cada um. Jornal fica mais pobre. O jornalista vai se reencontrar com seus leitores, através de novas plataformas.

*Negócio

“Quando se descobriu que informação era um negócio, a verdade deixou de ser importante”. (Ryszard Kapuscinski)

*Aniversariante

Desejar toda felicidade, paz e alegria ao nosso colunista Duda Pinto, que esteve de aniversário.   É um ícone do jornalismo e um nome sempre em evidencia. Que Deus proteja ao Duda e sua família.

*Pod cast

A partir de fevereiro, podcast “Entre Elas” estará de volta, com muitas novidades, contando sempre com um convidado especial, a cada semana. Aguarde!

 

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