Nova cota para compras poderá incentivar instalação de lojas francas do lado brasileiro da Fronteira

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O ano de 2021 encerrou com uma boa notícia para o setor econômico e turismo, a partir da publicação, no Diário Oficial da União, da Portaria ME nº 15.224, de 31 de dezembro de 2021, alterando o limite para compras nos free shops brasileiros, passando de US$300 para US$500 por pessoa, a cada intervalo de um mês. A portaria também alterou o limite para compras em aeroportos com voos internacionais, para US$1000.

O aumento do limite foi conseguido através da intensa articulação da Frente Parlamentar da Assembleia Legislativa, liderada pelo deputado estadual Frederico Antunes.

De acordo com o parlamentar, desde o momento da instalação dos free shops do lado brasileiro, houve a solicitação de alteração na portaria, para que as lojas em ambos os lados da Fronteira permanecessem com os mesmos valores.

“Quando me foi solicitado, em 2010, para que o Brasil tivesse free shop da mesma forma que o Uruguai, iniciei um trabalho junto a diretoria da ACIL e empresários locais. A última vez que fui à Livramento me disseram que, quando a cota aumentasse as lojas seriam abertas. Agora não existe mais empecilhos para instalação das lojas na cidade”, frisou.

“A partir deste incremento, acreditamos que, em breve, teremos 2 free shops se instalando na cidade”.

Raed Shweiki, 3° vice-presidente e integrante da comissão setorial de lojas francas da ACIL, acredita que o aumento da cota de US$300 para US$500 mensais para cidadãos que visitem a Fronteira será um incentivo para que as lojas se instalem na cidade, pois o valor é mais do que 50% da cota que tínhamos anteriormente.

“Essa cota de US$500 pode ser adquirida nas fronteiras terrestres e Livramento se enquadra nisso. Hoje não temos nenhum free shop na cidade porque a maioria dos empresários achava que US$300 era muito pouco para que o cidadão comprasse a cada 30 dias. Agora com esse incremento, segundo já ouvimos de empresários interessados, acreditamos que, se Deus quiser, já teremos aproximadamente 2 free shops se instalando na cidade”, frisou.

Raed Shweiki disse que, hoje, o cidadão tem o direito de comprar 1000 dólares, ou seja, em torno de R$5.500 a cada 30 dias. Esse valor incentiva o crescimento dos free shops do lado uruguaio, o crescimento dos free shops do lado brasileiro e a vinda de turistas que possam aproveitar as belezas da cidade, como as águas termais, o turismo rural e uma série de atrativos, além das compras.

Comissão Setorial de Lojas Francas da ACIL

“A ACIL tem uma comissão específica de free shops, a qual integro, e vê com muitos bons olhos o aumento desta cota. Acreditamos que os empresários irão nos procurar nas próximas semanas a fim de que possamos dar um assessoramento. A ACIL se coloca à disposição, fomos umas das precursoras do projeto inicial. Nos causa uma certa tristeza sabermos que não temos free shops na cidade que criou, junto do deputado Marco Maia, Frederico Antunes e da senadora Ana Amélia, a Lei dos Free Shops”, destacou.

Raed Shweiki disse acreditar que em breve surjam empresários interessados e que a ACIL se coloca à disposição para qualquer tipo de assessoria. A entidade tem assessoria gratuita, contando com pessoas que conhecem muito bem essa realidade e já atuam em cidades como Barra do Quaraí, Uruguaiana, Jaguarão e Foz do Iguaçu.

“Estamos de portas abertas para empreendedores de Livramento, Rivera, do Estado e do país, que queiram investir aqui na nossa cidade. Serão bem-vindos”, finalizou.

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