O TANGO
Hoje vou escrever um outro tipo de história. É sobre um rito de dança que também se fez canção, relacionado com alguns ritmos de origem africana e a “milonga criolla”, que se denomina “TANGO”. Considerado como outra expressão do folclore musical, que se insere entre as expressões que integram e que denominamos “folclore cidadão”. Voltando no tempo, o Tango nasceu no final do século XIX nos âmbitos suburbanos rio-platenses, adquirindo seu auge por volta dos anos de 1890. A partir dessa data foi criada a coreografia, considerando-se a dança mais característica de ambas as margens do Rio da Prata, pela maneira como dançavam os pares. Interessante que o nome Tango tem coincidência com danças populares afro. Não devemos esquecer que o “Candombe” por muito tempo foi denominado “calenda ou “Tangos”, danças de gente de cor que no ano de 1807 foi proibida pelo Governador Javier de Elio (Montevidéu), por considera-los “levianos à moral pública”.
Também existe uma relação de nome com o “Tangano” (dança afro-americana) e com o “Tangó”, denominação aplicada a um “tamboril” (tambor) e uma semelhança com o Tango Andaluz (Espanha), proveniente da Mãe Pátria, que chegou com a “Zarzuela” (dança) em Montevidéu a partir de 1870. Na coreografia, o Tango é uma dança. Teve seu nascimento quando os homens do subúrbio (arrabal) teceram nas academias, bares, salões e prostíbulos a intrincada trama dos passos iniciais.
Os dançarinos se dedicaram a inventar novas figuras transformando a dança do tango em um ato criador. Os primeiros tangos surgiram no Rio da Prata, por volta de 1890, foram obras de precursores anônimos que improvisaram e dançaram durante as agitadas noites das margens do Rio da Prata. Circularam de baile em baile, perpetuando-se através da memória popular, transformando-se a cada passo. Só durante este período o tango pode ser considerado uma manifestação folclórica. Com o aparecimento das primeiras composições assinadas, o tango entra no período de sua história conhecido como a “Guardia Vieja”, cuja trajetória ficou documentada como literatura popular, na crónica jornalística, e naturalmente na obra dos pioneiros, perpetuada pelas edições e discos. Nos primeiros tempos, o Tango foi tocado mediante qualquer instrumento, pronto se fez tradicional o uso da flauta, guitarra, violino e, mais tarde, o “bandoneón” e o piano. O bandoneón chegou ao Rio da Prata, possivelmente por marinheiros alemães, depois do século XIX. Com o tempo, esse instrumento ganhou a noite, ocupando o lugar principal nos conjuntos de tango até os dias de hoje. O tango tem muitas histórias, porém, o importante é lembrar seu maior intérprete o eterno CARLOS GARDEL.
O TANGO É O SÍMBOLO DA MÚSICA RIO-PLATENSE.
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